Durante o 24º encontro anual do Foro de São Paulo – entidade que reúne partidos de esquerda da América Latina -, realizado em Cuba, a ex-presidente Dilma Rousseff falou sobre o impasse envolvendo a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No último dia 8, o ministro Rogério Favreto, plantonista no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedeu habeas corpus ao petista, mas a decisão acabou suspensa, após uma série de decisões contraditórias de diferentes magistrados. O presidente da Corte, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, decidiu acatar a recomendação do relator da Lava Jato na segunda instância, ministro João Pedro Gebran Neto, e manter Lula preso.
“Fazem uma espécie de striptease jurídico-político, tirando todas as máscaras, mostrando claramente que não há complacência com o presidente Lula”, afirmou a ex-presidente. “É complacência? Não. Não há justiça para o presidente Lula”, completou.
Ela ainda lembrou os 100 dias desde a prisão do ex-presidente, condenado a 12 anos e um mês em regime fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá (SP). Ele ocupa uma cela na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).
“Hoje (15) faz 100 dias que Lula está preso, porque a Justiça brasileira deixou de ser imparcial. Passou, ao invés de absolver inocentes, condenar inocente, como é Lula”, criticou.
De acordo com Dilma, “Lula está preso para não ser eleito presidente da República. Mesmo preso, a cada dia que passa, ele tem maior apoio e isso não eu quem digo. São todas as pesquisas”.
A petista também voltou a afirmar que o PT manterá nome de Lula como candidato à Presidência da República. “Não iremos tirar Lula do processo eleitoral. A cada dia que passa Lula se aproxima mais da urna”, destacou.
Fonte: Noticias ao minuto
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