Paulo Santos

Ninguém deve estar admirado por saber que instituições financeiras ligadas a corporações nacionais e internacionais – como ITAÚ, Finasa (do Bradesco) e Aimoré (do Santander) – estão deixando ou estudam a possibilidade de deixarem a Paraíba.

As financeiras são os pulmões das entidades que dependem do crédito e as revendedores de automóveis – que não são poucas neste Estado – sabem muito bem do prejuízo que podem acumular se houver mesmo uma revoada dessas instituições.

Haverá uma sucessão de notícias ruins em função dessa péssima informação repassada ao Vitrine Política com exclusividade por um empresário e confirmada por várias pessoas que atuam na área financeira nesta cidade.

A Paraíba vive um decepcionante processo de convulsão política, mesmo que haja um esquema para tentar demonstrar que reina a mais perfeita ordem e harmonia em todos so setores da vida paraibana. Não é bem isso que se vê, se ouve e se sente em qualquer ambiente que se esteja.

O problema é que essa arribação de financeiras é fruto também da convulsão econômica. Não se sabe até quando esse Estado irá suportar tamanha pressão. Não há, até onde a vista alcança, qualquer sintonia entre os diversos segmentos que teriam de atuar em favor do desenvolvimento do Estado.

A “cultura da picuinha”, como denominou um empresário consultado sobre a debandada das financeiras, generalizou-se para impregnar ricos e pobres, brancos e negros, adeptos de religiões ou ateus. A Paraíba virou uma Babel onde ninguém se entende e ninguém faz esforço para entender ou ser entendido.

CASO DELICADO
Tem muita gente falando e escrevendo bobagens na tentativa de defender ou atacar a juíza Lúcia Ramalho e o Tribunal de Justiça. Tomar partido para condenar ou absolver “A” ou “B” não é uma atitude sensata. O que causa perplexidade, nesse episódio do afastamento da juíza, é que podem haver fortes motivações políticas (não partidárias, óbvio) para justificar a atitude da maioria dos desembargadores. Quanto mais rápido o Conselho Nacional de Justiça investigar esse caso mais rápido pode haver respostas para tantas interrogações.

DANIELLA E O PRB
Um passarinho que costuma bisbilhotar pré-campanhas políticas em Campina Grande ouviu sussurros de que o PRB – leia-se PASTOR Jutahy – sacramentou o apoio do partido à pré-candidato do PP, Daniella Ribeiro. A pequena ave ouviu fragmentos de conversa com prossíveis razões para que o PRB desembarcasse do apoio à candidata do PMDB, Tatiana Medeiros.

MAIS PRB
De acordo com o passarinho, o PRB não gostou nada de saber do aocrodo que estava sendo fechado entre o prefeito Veneziano Vital e o presidente estadual do PR, deputado federal Wellington Roberto. Além disso, o manda-chuva do PRB, o pastor Jutahy da Igreja Universal, é o primeiro suplente de deputado estadual na coligação com o PT e pode “herdar” a cadeira de Luciano Cartaxo, pré-candidato do PT a prefeito de João Pessoa.

PC DO B
E pode não parar no PRB a procissão de partidos que querem apoiar a pré-candidata do PP, Daniella Ribeiro. Há informações que o PC do B de Campina Grande – condoído com a fragilidade das aspirações da reitora da UEPB, Marlene Alves – está disposto a esquecer o caráter oligárquico de Daniella e bandear-se para o PP.

ASFIXIA
O vereador pessoense Benilton Lucena (PT) está uma “fera” com o prefeito Luciano Agra e não é para menos. Teve seu salário de professor municipal suspenso depois de vários anos acumulando com o de parlamentar. Assim como Benilton (foto), assessores de vereadores que recebiam seus salários pela Prefeitura igualmente foram asfixiados com a falta de pagamento no final do mês passado. Algun recebiam gratificações desde o primeiro mês do primeiro mandato do então prefeito Ricardo Coutinho.

EM BAIXA
Duas decisões tomadas nas últimas horas fizeram a credibilidade da Justiça paraibana estremecer: o afastamento da juíza Lúcia Ramalho pelo Tribunal de Justiça e a marcha a ré do Tribunal Regional Eleitoral que devolveu Sérgio da SAC à Câmara da Capital. Devem ser respeitadas, mas a peble rude e ignara dificilmente vai entender o que passa na cabeça dos nossos eminentes julgadores.

PERGUNTAR NÃO OFENDE
Por que a Assembleia Legislativa é o único poder estadual que não possui Diário Oficial eletrônico? Cartas para a Praça João PESSOA.