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2 x 0: Brasil vence a Costa Rica com 2 gols no acréscimo do 2º tempo

Neymar e Coutinho desperdiçarem grandes chances na área e a equipe ultrapassou os 70% de posse de bola

Depois do empate com a Suíça na estreia, a seleção brasileira sofreu para furar a retranca da Costa Rica, nessa sexta-feira (22). Em um jogo em que dominaram a posse de bola, os comandados de Tite contaram com gols de Coutinho e Neymar nos últimos minutos para sair de campo com a vitória por 2 a 0.

O resultado dá um respiro ao time de Tite, que chega aos quatro pontos e vê a classificação para as oitavas de final mais perto. Já a Costa Rica conhece sua segunda derrota e pode ser eliminada caso a Sérvia vença a Suíça ainda nesta sexta-feira.

O último compromisso do Brasil na fase de grupos será na quarta-feira (27), contra a Sérvia, em Spartk. Já a Costa Rica encara a Suíça. Ambas as partidas acontecerão às 15h.

O melhor: Coutinho

AFP PHOTO / Paul ELLIS
Imagem: AFP PHOTO / Paul ELLIS

Escalado de novo na criação, apareceu nas mais importantes situações do jogo. Trocou bons passes, chegou na área para concluir e deixou os companheiros em condições. Faltou o gol que anotou contra a Suíça apenas.

O pior: Willian

Xinhua/Cao Can
Imagem: Xinhua/Cao Can

Marcado pela regularidade, não conseguiu jogar bem pela segunda partida seguida. Perdeu bolas e não aproveitou situações de mano a mano que a equipe criou para ele. Tite, atento, deixou o meia no intervalo para a entrada de Douglas Costa.

Costa Rica congestiona setor de Marcelo e Neymar

Com as linhas de defesa e meio-campo muito recuadas, Costa Rica forçou uma marcação mais forte no principal lado brasileiro. Em tentativas de jogar pela esquerda, encontrou quase sempre o rival em superioridade numérica e perdeu muitas bolas – Neymar, só no primeiro tempo, desperdiçou a posse de bola em 10 ocasiões. Sem espaços por ali, o Brasil passou a buscar Fagner e Willian para jogar mais pela direita e abrir espaços.

O maior susto do Brasil aos 14 minutos

REUTERS/Marcos Brindicci
Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci

Uma bola dividida que Marcelo perdeu, na intermediária, se transformou na melhor chance de Costa Rica. O rival brasileiro avançou pela ponta com Gamboa, que tocou para trás no espaço vazio e, diante da defesa desmontada, quase deixou Alisson em apuros. Celso Borges, porém, bateu torto.

Gabriel Jesus acorda e Brasil consegue ameaçar mais

Na segunda metade do primeiro tempo, Gabriel Jesus conseguiu se desvencilhar de marcadores e mudou a temperatura do jogo. Apagado na estreia, o garoto pressionou mais a bola, ofereceu opções como pivô e ajudou mais o time. Chegou a fazer um gol, mas, impedido, viu o lance ser corretamente anulado. Neymar, em lançamento de Coutinho, também teve chance, mas deixou a bola correr no domínio.

Na volta do intervalo, Brasil enfim abafa Costa Rica

AP Photo/Andre Penner
Imagem: AP Photo/Andre Penner

Os últimos dias de treinamento tiveram muito foco sobre recuperar bolas na frente, e assim o Brasil conseguiu seu melhor momento no jogo ao voltar do intervalo. Com Douglas Costa em campo, viu Gabriel Jesus acertar o travessão em cabeçada, Neymar e Coutinho desperdiçarem grandes chances na área e a equipe ultrapassou os 70% de posse de bola.

Substituto de Danilo, Fagner faz jogo de segurança

AFP PHOTO / Giuseppe CACACE
Imagem: AFP PHOTO / Giuseppe CACACE

Presença inesperada, já que Danilo sofreu lesão muscular na véspera do jogo, Fagner foi acionado por Tite na formação titular e teve uma partida sem sustos. No primeiro tempo, em carrinho limpo na bola, gerou ocasião de perigo para o Brasil. Com mais espaços para Marcelo avançar, ajudou mais defensivamente no segundo tempo, mas sempre de maneira segura. Ainda assim, deu um cruzamento perfeito para Gabriel Jesus acertar o travessão.

Tite é ousado em substituições e faz o possível para vencer retranca

REUTERS/Marcos Brindicci
Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci

Pouco afeito a trocas no intervalo, o treinador brasileiro notou a atuação ruim de Willian e a necessidade de ter mais ímpeto no mano a mano, o que fez com que Douglas Costa estreasse no Mundial. O Brasil melhorou no segundo tempo, mas a dificuldade em vencer Keylor Navas seguiu. Então, mais uma troca para tentar criar mais espaços e pressionar, com a saída de Paulinho e a união entre Firmino e Gabriel Jesus na área.

Óscar Ramírez faz inversão e se defende com tudo

O treinador costarriquenho, bastante pressionado e com risco de eliminação, fez o possível para não sair derrotado de São Petersburgo. Para isso, Oviedo voltou à lateral esquerda e houve inversão de lados com Bryan Ruiz, normalmente o ponta direita, escalado no setor de Fagner. A equipe caribenha ainda tentou avançar linhas durante o segundo tempo e apostou em Bolaños como homem avançado, mas ameaçou o Brasil em só uma situação.

Aos 30 minutos, o lance capital. Neymar rouba a bola e puxa contra-ataque veloz. Ao receber passe na grande área, tenta a finta e parece agarrado. Ao menos, na visão de todos no estádio. Pênalti marcado. Só que o VAR acionado pelo árbitro mostra claramente que nada aconteceu. O estádio explodiu de nervosismo pela indecisão.

O atacante não foi caçado como na estreia, mas se manteve nervoso com a arbitragem do holandês Björn Kuipers. Neymar reclamou no intervalo, recebeu um cartão amarelo perigoso para a sequência da Copa e se frustrou com um pênalti cancelado. A ansiedade ainda contribuiu para que perdesse uma chance de gol incrível, diante de Navas, na entrada da área – o chute saiu para fora.

FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 X 0 COSTA RICA

Data e hora: 22 de junho de 2018, às 9h (de Brasília)
Local: Arena de São Petersburgo (Rússia)
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Auxiliares: Sander Van Roekel e Erwin Zeinstra (ambos da Holanda)
Cartões amarelos:  Coutinho e Neymar, pelo Brasil; Acosta, pela Costa Rica
Gols: Coutinho (45’/2ºT) e Neymar (52’/2ºT), pelo Brasil

BRASIL: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda, Marcelo; Casemiro, Paulinho (Firmino), Coutinho; Willian (Douglas Costa), Neymar e Gabriel Jesus (Fernandinho).
Técnico: Tite

COSTA RICA: Navas; Gamboa (Calvo), Duarte, Acosta, González, Oviedo; Guzmán (Tejada), Borges, Ruiz, Venegas; Ureña (Bolaños).
Técnico: Óscar Ramírez

Fonte: UOL
Créditos: UOL