Guerra às drogas

Paulo Santos

Os 77% de aprovação da presidenta Dilma Rousseff são consequência da repercussão, nos diversos tipos de mídias, de importantes ações do Governo Federal, com destaque para a aparente “faxina” na equipe do Planalto – que atingiu os denunciados de corrupção.

Agora Dilma ganha mais fôlego junto ao povão com sua entrada em cena para derrubar os juros por decreto, abrindo oportunidades de consumo a um número cada vez maior de assalariados que tiveram acesso a cartões de crédito e outras vantagens dos últimos tempos.

Do alto do seu pódio, entretanto, a presidentea Dilma Rousseff não parece estar interessada em acionar os meios de que dispõe – Ministério da Justiça, Polícia Federal, Secretaria Nacional de Segurança, etc. – para deflagrar uma verdadeira guerra ao tráfico de drogas.

Pelo que se vê e ouve nos atos e palavras do Gverno Federal o problema está sendo empurrado para cima dos governos estaduais que não têm dinheiro nem meios materiais para enfrentar um inimigo infinitamente mais forte como o narcotráfico.

A inércia do Governo Lula contribuiu, sobremaneira, para que a situação chegasse a esse nível desesperador. Boa parte da geração jovem desse país eatá sendo mandada para os cemitérios e isso acontece debaixo das barbas do aparato de enfrentamento do crime.

Os governos – quaisquer que sejam – procuram enfrentar as situações adversas sempre esgrimindo uma montanha de estatísticas, como se isso interessasse ao cidadão comum. Ao invés de números e percentuais pede-se ações concretas, não apenas no plano policial, mas em outras áreas – educação, tecnologia, etc.

O Rio de Janeiro é um exemplo da necessidade de planejar ações mais ousadas. Na Capital daquele Estado foram implantadas as unidades de policiamento pacificador. Ainda não é o paraíso, mas serve de alento, de referência para um começo.

É imprescindível que a Presidenta da República demonstre vontade política para comprar essa briga santa, antes que seja tarde. Dilma pode ganhar brigas com o sistema financeiro internacional, com os bancos, mas seu grande trunfo político seria encarar o problema das drogas, usar o aparato oficial para bater de frente com o crack, cocaína, etc.

COUTO
Cada vez que os miquinhos amestrados do deputado federal Luiz Couto (PT) anunciam um recurso à direção nacional acrescentam derrota. Talvez seja mais fácil recorrer a um centro espírita e pedir apoio ao anjo da guarda do padre-parlamentar.

MARANHÃO
Nos ambientes onde se respira política, em João Pessoa, uma pergunta não quer calar: por que o pré-candidato do PMDB e primeiro lugar nas pesquisas de opinião pública, José Maranhão, ainda não anunciou nenhum partido para o seu leque de aliança? Houve repercussão negativa nesses mesmos ambientes, para Maranhão, a perda de um aliado como o advogado Marcelo Weich. Favoritos, com embaraços na Justiça, costumam ter problemas.

ESTELIZABEL
Sou de um tempo em que o chamado “centralismo democrático” era uma prerrogativa dos partidos comunistas, mas a pré-candidata a prefeita pelo PSB, Estelizabel Bezerra, acaba de inaugurar esse sistema no condomínio socialista. É a primeira vez numa eleição municipal – e se estiver errado alguém me corrija, por favor – que o candidato a Prefeito vai fazer uma triagem na lista de candidatos a vereador. O que esse filtragem quer evitar, ninguém sabe.

ESQUECIDOS
Quem acompanhou o pré-candidato do PT a prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, na visita que ele fez ao mercado do bairro dos Estados neste sábado (28) ouviu que os comerciantes têm uma queixa comum: os secretários municipais não lhes dão a mínima nas reclamações ou reivindicações. E essa arrogância, segundo eles, não é “privilégio” das administrações Ricardo Coutinho e Luciano Agra.

PERGUNTAR NÃO OFENDE
O vice-governador Rômulo Gouveia e o presidente do TJ, desembargador Abraham Lincoln, já sentaram na principal cadeira do Palácio da Redenção durante viagens do governador Ricardo Coutinho. Agora, que já está recuperado dos problemas de saúde, o presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo, será brindado com a deferência? Cartas para a Praça João Pessoa.