A Agência Estadual de Vigilância Sanitária está chamando a atenção da população para os cuidados que devem ser tomados ao se consumir alimentos, especialmente aqueles comercializados em restaurantes, bares, lanchonetes e outros estabelecimentos afins, inclusive barracas instaladas em ambientes festivos e de grande concentração de pessoas neste período dos festejos juninos.
O alerta, segundo a diretora-geral da Agevisa/PB, Maria Eunice Kehrle dos Guimarães, é importante e necessário especialmente neste período que antecede as festas juninas, em que as pessoas normalmente exageram no consumo de comidas, principalmente fora de casa.
Durante a última edição do Momento Agevisa, na quinta-feira (7), o alerta foi dirigido aos ouvintes do Jornal Estadual da Rádio Tabajara. “São inúmeras as doenças causadas pela ingestão de alimentos ou água contaminados, e os sintomas mais comuns que indicam a incidência de tais problemas são falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e febre, e isto exige que todos os órgãos públicos de promoção e proteção da saúde humana, como é o caso da Agevisa, se esforcem para fazer ver ao maior número possível de pessoas que a preservação da nossa saúde também depende de cada um de nós”, ressaltou Maria Eunice.
Perigo de contaminação – Conforme dados do Ministério da Saúde, as possibilidades de contrair problemas de saúde ocasionados pelo consumo inadequado de comidas estão sempre presentes, notadamente porque existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos (DTA). A maioria dessas doenças se manifesta em forma de infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas. Outras são intoxicações provocadas por toxinas naturais, como por exemplo, cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes ou por produtos químicos prejudiciais que contaminaram o alimento, como chumbo e agrotóxicos.
Também segundo o Ministério da Saúde, em geral, as doenças transmitidas por alimentos têm períodos limitados e determinados, com exceção de alguns casos em que coexistem outras patologias, em crianças, idosos e/ou pessoas com sistema imunológico enfraquecido. A intensidade dessas doenças também depende da capacidade de produção de toxinas pela da bactéria ingerida juntamente com o alimento.
O tratamento das doenças transmitidas por alimentos é inespecífico, ou seja, é feito de acordo com a gravidade do problema, sendo imprescindível que haja orientação médica adequada. Em todos os casos, é importante monitorar o estado de hidratação e a duração dos sinais e sintomas, além de procurar o serviço de saúde para a indicação de terapêutica específica, de acordo com a suspeita clínica. É fundamental também a reposição de líquidos, principalmente em crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido que apresentem diarreia.
A prevenção das doenças transmitidas por alimentos se baseia no consumo de água e alimentos que atendam aos padrões de qualidade da legislação vigente, higiene pessoal e alimentar e condições adequadas de saneamento.
Cuidados especiais – Para reforçar os cuidados com a saúde das pessoas, a Agevisa/PB destacou algumas recomendações de aplicação geral feitas pelo Ministério da Saúde e direcionadas tanto para os alimentos comprados no comércio informal quanto para aqueles adquiridos nos serviços inspecionados, quais sejam:
1. Lavar as mãos regularmente antes, durante e após a preparação dos alimentos, ao manusear objetos sujos, depois de tocar em animais e de ir ao banheiro ou após a troca de fraldas e antes da amamentação;
2. Evitar alimentos comercializados em estabelecimentos não inspecionados;
3. Selecionar alimentos frescos com boa aparência e, antes do consumo, lavá-los e desinfetá-los;
4. Lavar e desinfetar todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
5. Assegurar-se de que os alimentos cozidos estejam mantidos sob a temperatura adequada antes do consumo (refrigerados ou aquecidos);
6. Não comer alimentos que tenham estado em temperatura ambiente por mais de quatro horas;
7. Reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los;
8. Comprar alimentos seguros, verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas (aparência, consistência, odor).
9. Evitar alimentos sem etiqueta que identifique o produtor;
10. Consumir leite pasteurizado, esterilizado (UHT) ou fervido, e não beber leite nem seus derivados crus;
11. Evitar o consumo de sorvetes de procedência duvidosa;
12. Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos ou mal assados (saladas, carnes, dentre outros);
13. Evitar preparações culinárias que contenham ovos crus, como gemada, ovo frito mole ou maionese caseira;
14. Evitar o contato entre alimentos crus e alimentos cozidos para impedir contaminação cruzada;
15. Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais, e
16. Beber água e/ou gelo apenas de procedência conhecida.
Fonte: Repórter PB
Créditos: Repórter PB