Em carta apresentada como “Manifesto ao povo brasileiro”, divulgada pelo PT nesta 6ª feira (8.jun.2018), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua candidatura à Presidência da República. Segundo o petista, 1 reencontro dele com o povo só não ocorrerá se a vida lhe faltar.
“Tive muitas candidaturas em minha trajetória, mas esta é diferente: é o compromisso da minha vida”, diz. Afirma que tomou a decisão de concorrer com o objetivo de “acabar com o sofrimento do povo”.
Lula está preso na superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba desde o dia 7 de abril. O petista foi condenado a 12 anos e 1 mês em 2ª Instância no caso tríplex do Guarujá. É acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas nega as acusações.
“Quando ficou claro que iriam me prender à força, sem crime nem provas, decidi ficar no Brasil e enfrentar meus algozes. Sei do meu lugar na história e sei qual é o lugar reservado aos que hoje me perseguem. Tenho certeza de que a Justiça fará prevalecer a verdade”, disse.
O petista disse que, preso, o que mais o angustia é estar impedido de conviver com o povo. “Pois sei que, do lado de fora, a cada dia mais e mais famílias voltam a viver nas ruas, abandonadas pelo estado que deveria protegê-las”, declarou.
O ex-presidente citou a criação da Unasul, da Celac e dos Brics no governo do PT como avanços do país e resultados de 1 governo que aprofundou a democracia.
Lula voltou a criticar o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba e a negar que era dono do apartamento tríplex do Guarujá. O petista afirma que nunca foi “tratado pelos procuradores da Lava Jato, por Moro e pelo TRF-4 como 1 cidadão igual aos demais”. Para ele, foi tratado “sempre como inimigo”.
“Os que me acusaram na Lava Jato sabem que mentiram, pois nunca fui dono, nunca tive a posse, nunca passei uma noite no tal apartamento do Guarujá. Os que me condenaram, Sérgio Moro e os desembargadores do TRF-4, sabem que armaram uma farsa judicial para me prender, pois demonstrei minha inocência no processo e eles não conseguiram apresentar a prova do crime de que me acusam”, diz na carta.
Também criticou o governo do presidente Michel Temer ao citar que 1 pesadelo foi imposto “pelo golpe de 2016”.
“Governamos para o povo e não para o mercado. É o contrário do que faz o governo dos nossos adversários, a serviço dos financistas e das multinacionais, que suprimiu direitos históricos dos trabalhadores, reduziu o salário real, cortou os investimentos em saúde e educação e está destruindo programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronaf, Luz Pra Todos, Prouni e Fies, entre tantas ações voltadas para a justiça social”, disse.
Lula declara ainda que, se for eleito, a Petrobras não ficará “refém de multinacionais do petróleo” e que irá impedir a privatização da Eletrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, além do “esvaziamento do BNDES“.
O ex-presidente finalizou a carta dizendo que seu reencontro com o povo brasileiro só não ocorrerá se ele morrer. “Esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar. Até breve, minha gente”, diz.
Fonte: PODER 360
Créditos: PODER 360