Depois de uma greve que durou 11 dias, os caminhoneiros tiveram os últimos bloqueios nas estradas do país desfeitos nesta quinta-feira (31) e o abastecimento começou a voltar ao normal nas cidades afetadas pela paralisação. A situação de normalização foi interrompida por um boato que circula em grupos de WhatsApp, que fala em uma nova greve que começaria no domingo em todo o país.
As mensagens são espalhadas através do aplicativo em formato de áudio ou vídeo e chamam os caminhoneiros para uma manifestação em Brasília. Algumas mensagens trazem a informação de que a nova paralisação começaria no domingo (3) e outras, na segunda-feira (4).
A informação foi desmentida pela Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), uma das entidades que coordenou a paralisação nacional e negociou com o governo federal em nome da categoria. Segundo a assessoria de imprensa, a Abcam não está divulgando nem apoiando novas paralisações no Brasil.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) também se destacou como uma das lideranças nacionais durante a greve dos caminhoneiros. Em seu site, a entidade solicita que os sindicatos da categoria informem eventuais pontos onde os caminhoneiros estejam sendo impedidos de trabalhar ou estejam sendo ameaçados. A orientação da CNTA é para que todos voltem ao trabalho, e a confederação se compromete a solicitar apoio das autoridades para que seja garantida a segurança dos trabalhadores.
Fake News
As mensagens que circulam pelo WhatsApp falando em uma nova greve são exemplos de fake news – notícias falsas distribuídas pelas redes sociais. O Senado Federal elaborou um guia para identificação de notícias falsas que circulam pela internet.
Geralmente, o conteúdo falso apela para teorias da conspiração para gerar revolta nos leitores, vem de sites pouco conhecidos ou sem fonte identificada para informação, pode conter erros de português e costuma pedir para ser compartilhada. Também é muito comum que o conteúdo use tom alarmista, como no caso da greve dos caminhoneiros, que promete “parar o Brasil” novamente.
Fonte: Gazeta do Povo
Créditos: Gazeta do Povo