Na primeira reunião da CPI do caso Cachoeira, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi eleito ontem oficialmente para a presidência da comissão. O deputado Odair Cunha (PT-MG) também foi indicado relator da CPI, responsável por conduzir os rumos das investigações.
Com a relatoria e a presidência nas mãos do governo, a oposição protestou contra a esperada blindagem do Palácio do Planalto e de integrantes do PT nas investigações. Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) disse que o mais “correto” seria dividir o comando dos trabalhos da comissão. “Dentro do fato consumado, queremos uma postura republicana”, afirmou o tucano.
Vital do Rêgo negou que sua eleição e de Cunha seja uma forma de poupar o governo nas investigações. “Vou agir de forma isenta, sem interesses de grupo. Não vou me submeter a pressões. Os olhos do país estarão voltados para nós”, afirmou.
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Antes da eleição de Vital do Rêgo, a reunião foi presidida pela deputada Iris de Araújo (PMDB-GO) – a mais idosa entre os membros da comissão. Araújo disse que o foco da comissão será investigar as atividades ilícitas conduzidas pelo empresário Carlos Augusto Ramos – que, segundo a deputada, é “vulgarmente” conhecido como Carlinhos Cachoeira.
A primeira reunião da CPI foi marcada pelo clima de esperada vigilância da sociedade com os deputados e senadores que integram a comissão. Os integrantes afirmaram em seus discursos que a comissão não poderá decepcionar a esperada investigação depois dos escândalos divulgados pela imprensa.
O deputado Stephan Nercessian (PPS-RJ) encaminhou ofício colocando-se à disposição para prestar depoimento.
