Em três dias, a greve dos caminhoneiros desabasteceu o Rio de Janeiro, obrigou a retirada de 40% dos ônibus das ruas de São Paulo, ameaçou paralisar o aeroporto de Brasília e paralisou 13 plantas da combalida produtora de alimentos BRF. Parente pode deixar o cargo hoje.
A gigante de alimentos BRF afirmou que já perdeu R$ 150 milhões com a greve. Também em crise gerencial, a empresa pode ser o destino de Pedro Parente que, com a quebra da política de preços dos combustíveis, perdeu a razão de ser e de estar na presidência da estatal.
“A imagem de Pedro Parente cabisbaixo e constrangido, renunciando ainda que pelos alegados 15 dias àquilo que o levou a aceitar dirigir a Petrobras, não poderia ser mais reveladora. Os caminhoneiros ganharam de novo. Não há categoria com maior poder disruptivo no país, que acompanhou sua industrialização dos anos 1950 em diante com a implantação de uma vasta rede rodoviária em detrimento de opções mais lógicas, como o transporte ferroviário e a navegação de cabotagem.
A BRF, empresa que em 2015 perdeu mais de R$ 150 milhões com a greve, está sem presidente-executivo efetivo desde que Parente foi eleito para dirigir seu Conselho de Administração no fim de abril, retirando o grupo do empresário Abilio Diniz que controlava o colegiado desde 2013. Quando assumiu a Petrobras, Parente disse que sua missão se encerraria com o fim do governo Temer. A condição básica era independência total na gestão da petroleira, algo que agora foi submetido aos humores da realidade em um ano eleitoral.”
Fonte: Brasil 247
Créditos: Brasil 247