“Nós precisamos que se criminalizem os crimes de ódio”, afirma Toni Reis, presidente da Aliança LGBTI.
Criminalização da LGBTfobia, reconhecimento da identidade de gênero de pessoas trans e políticas de consolidação da cidadania dessa comunidade. Esses são alguns dos pontos da plataforma da Aliança LGBTI que recebeu a adesão dos pré-candidatos à Presidência da República Manuela D’Ávila(PCdoB) e Ciro Gomes (PDT), de acordo com a entidade.
Ciro Gomes foi procurado por meio de sua assessoria de imprensa, mas não houve resposta até a publicação do texto.
A aliança tem procurado os coordenadores de campanha e os grupos de diversidade dentro das legendas. De acordo com Toni, todos 35 partidos foram comunicados. A organização espera a adesão de Guilherme Boulos (PSol), que já sinalizou nesse sentido, em entrevistas.
Também é aguardada uma resposta de Marina Silva (Rede). Por enquanto, a pré-candidata tem defendido um compromisso com a agenda de direitos humanos e afirmado que nenhum direito pode ser subtraído, mas não há definição sobre pontos específicos da pauta LGBT.
Em 2014, uma das principais polêmicas em torno da candidata foi o apoio ao casamento gay endossado na primeira versão do programa de governo. Um dia após divulgar o documento, o PSB, partido de Marina na época, recuou e divulgou uma nova versão sem o trecho. A campanha alegou que o material inicial “infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo.”
No PSDB, o contato com Geraldo Alckmin tem sido feito por meio da Diversidade Tucana, grupo dentro da legenda. O PSL de Jair Bolsonaro também foi procurado. “Se acatar, vai ser um candidato aliado. Sabemos que é difícil pelas declarações que ele fez, mas é uma possibilidade. É ele que vai ter que falar”, afirmou Toni Reis.
A entidade já recebeu pelo menos uma resposta negativa. Das legendas procuradas, o Partido Novo, partido do presidenciável João Amoêdo, respondeu que fará uma política de direitos humanos e não uma proposta específica de defesa de direitos LGBTI.
Propostas LGBT nas eleições
No Executivo, as demandas são de fortalecimento dos planos e coordenadorias LGBT, além dos conselhos com participação paritária da sociedade civil para consulta, deliberação e monitoramento da execução das políticas públicas específicas.
“Todas nossas demandas são constitucionais e foram fruto de 6 meses de consulta pública à nossa comunidade publi partidária. A pauta LGBTI ultrapassa a questão ideológica de partidos. Queremos dialogar com todo mundo”, afirmou Toni Reis.
Quanto à criminalização da LGBTfobia, o presidente da Aliança desta que o papel de um presidente seria de influência no Legi
Candidatos a deputado estadual, distrital e federal, senador e governador também podem aderir à plataforma. Após o registro de candidaturas para esses cargos na Justiça Eleitoral, a Aliança irá divulgar uma lista com recomendações de votos.
Em outra frente, a entidade tem reunido candidaturas de pessoas LGBTI ou apoiadores. No grupo, de 115 pessoas, 45% se identifica como gay, 16,2% mulher trans, 13,5% lésbica, 7,2% aliado, 7,2% bissexual masculino, 4,5% bissesual feminina, 2,7% travesti, menos de 1% homen trans e 2,7% como outro classificação.
Quanto às regiões, o Sudeste concentra a maioria dos postulantes (38,74%), seguido pelo Sul e Sudeste, ambos com 19,82%. Em seguida, aparece Centro-Oeste (17,11%) e Norte (4,51%).
Sobre a ideologia, 4,9% se define como de extrema esquerda, 63,7% esquerda, 15,7% centro-esquerda, 10,8% centro, 2% centro-direita, 2% direita e 1% extrema direita.
slativo. “Queremos o apoio do presidente para que mobilize a bancada governista pela aprovação de um marco legal”, afirmou.
Fonte: Huffpost Brasil
Créditos: Huffpost Brasil