Os auditores fiscais tributários da Paraíba iniciaram um movimento de greve à meia-noite desta quarta-feira (28).
Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários do Fisco do Estado da Paraíba (Sindifisco PB), Manoel Isidro, mais de 700 servidores da ativa vão paralisar as atividades nas repartições fiscais de Cabedelo a Cajazeiras.
A greve foi votada em assembleia há um mês, no dia 28 de fevereiro. O presidente do Sindifisco explicou que esse tempo foi dado para que pudesse ser constituída uma mesa de negociação com o Governo do Estado, o que não aconteceu.
O sindicato garante que vai cumprir a Lei de Greve e manter os 30% do efetivo trabalhando, para atender demandas que apresentem risco à vida, como fiscalizações que envolvam deficientes físicos, mercadorias perecíveis e equipamentos hospitalares.
A Secretaria de Estado da Receita da Paraíba (SER) informou por meio de sua assessoria que ainda é cedo para determinar o impacto da paralisação, embora tenha sido informado pela categoria que os 30% do efetivo iriam continuar trabalhando. Ainda de acordo com a SER, sempre houve diálogo com os auditores fiscais e que a pauta de reajuste salarial não compete à secretaria.
A categoria reivindica três pontos: recomposição da inflação, ou seja, cumprimento da database (41% no período do governo de Ricardo Coutinho); reconhecimento por parte do governo estadual; e melhores condições de trabalho.
“Queremos reconhecimento em virtude dos excelentes resultados obtidos pela categoria. Mesmo com a crise, a gente tem feito crescer a arrecadação do estado. De 2011 para cá, a receita própria cresceu 109%”, afirmou.
Por outro lado, o Sindifisco afirma que a Secretaria da Receita ainda está trabalhando com orçamento de 2011, causando uma série de dificuldades financeiras. “Auditoras e auditores estão se juntando para comprar café, água, açúcar, copos descartáveis, material de limpeza e material de expediente”, comentou Isidro.
Fonte: redação
Créditos: G1PB