A bancada do PSol na Câmara dos Deputados vai entrar, nesta terça-feira (27), com uma representação contra o deputado federal pastor Marco Feliciano (Pode-SP) na Procuradoria-Geral da República (PGR).
O partido acusa o parlamentar de “incitar publicamente a prática de crime” ao ter afirmado, em comentário à rádio Jovem Pan, no último dia 20, que “um esquerdista no Rio de Janeiro… levou uma semana pra morrer porque a bala não achava o cérebro”.
Em entrevista ao programa Pânico na Rádio, quando perguntado sobre a força política de Marielle, morta em um ataque a tiros no dia 14 de março, Feliciano respondeu: “Então, veja só, quando você pega a esquerda, a esquerda… o cérebro de um esquerdista é do tamanho de uma ervilha, né?! Até pouco tempo atrás, fiquei sabendo que deram um tiro na cabeça de um esquerdista no Rio de Janeiro… e ele levou uma semana pra morrer porque a bala não achava o cérebro do esquerdista”.
Na representação, o PSol alega que o deputado “abusou de suas prerrogativas constitucionais para caluniá-la [Marielle], além de incitar e fazer apologia à violência”. De acordo com a legenda, os comentários de Feliciano não guardam “qualquer relação com a função de deputado” e, portanto, não recaem sobre a imunidade parlamentar.
O partido de oposição solicita que a PGR investigue e, caso necessário, responsabilize penalmente o político. Além disso, o PSol pede que, caso concedida, a indenização por danos morais seja revertida para organizações de direitos humanos de mulheres negras.
A sigla informou que também estuda entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Feliciano. Na última quarta (21), o PSol denunciou o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) no colegiado por espalhar comentários falsos sobre Marielle Franco nas redes sociais.
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Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles