O presidente de Mianmar, Htin Kyaw, renunciou para “descansar”, afirma nesta quarta-feira (21) mensagem da página do Facebook do gabinete da presidência do país.
A renúncia acontece depois que o governo da Liga Nacional pela Democracia (NLD), da vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, admitisse que Htin Kyaw tinha viajado várias vezes para o exterior com o objetivo de submeter-se a tratamento médico.
A versão digital do jornal “Frontier Myanmar” diz que a última viagem feita para o exterior por esse motivo foi em janeiro, quando esteve em Cingapura.
O primeiro vice-presidente do país, Myint Swe, assumirá o cargo interinamente durante os próximos sete dias, prazo estabelecido pela Constituição para o Parlamento nomear um substituto.
A porta-voz da NLD, Monywa Aung Shin, disse que uma comissão presidida por Suu Kyi, chefe de fato do governo, vai se encarregar de selecionar o próximo presidente, um cargo de representação, sem um caráter executivo.
Considerado um homem de confiança de Suu Kyi, Htin Kyaw, de 71 anos, foi nomeado em março de 2016 como presidente.
Mianmar lançou seu primeiro governo democrático, o de Htin Kyaw e Suu Kyi, no dia 30 de março de 2016, depois de quase meio século de ditadura militar.
No entanto, as Forças Militares reservaram neste nova etapa vários privilégios na Constituição promulgada em 2008, com pastas (no sentido de ministério) da Defesa, Interior e Assuntos da Fronteira e um quarto das cadeiras nos parlamentos nacionais e regionais.
Fonte: Agencia EFE
Créditos: Agencia EFE