A oposição segue batendo cabeça na Paraíba, sem encontrar um norte ou um rumo no qual se apegar e conseguir despontar com algum nome competitivo para fazer frente a chapa governista encabeçada pelo secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia do Governo do Estado, João Azevedo.
Há alguns meses, víamos a grande oferta de nomes no grupo oposicionista, que, orgulhoso, afirmava não se prender apenas a um projeto, como também disponibilizar marcas reconhecidas na política paraibana que poderiam facilmente liderar o processo eleitoral e derrotar o candidato do Governador Ricardo Coutinho.
Mas a briga de egos e a exacerbada busca por protagonismo acabaram minando o grupo e esvaziando uma tribo antes repleta de caciques.
Nem Luciano, nem Romero e nem Cássio foram adiante com suas pretensões de disputar a chefia do executivo estadual pelos simples fatos de não ter coragem de largar aquilo que já possuem (as duas maiores prefeituras da Paraíba e Cássio uma quase certa reeleição ao Senado) e enfrentar a eleição contra um governo muito bem avaliado e que já mostrou ser bom quando o assunto é comparação entre gestões.
E como resolver esse problema?
Para não perder espaço no tabuleiro da política e acabar derivando em alguma forma de ostracismo, os três buscam lançar parentes para ganhar visibilidade, preencher lacunas e não se perder na memória dos paraibanos.
O nome de Pedro Cunha Lima foi lançado logo após a desistência de Cartaxo e até agora não emplacou, embora muita gente esteja de acordo que o bom mandato feito pelo deputado em Brasília o credencie a voos mais altos.
Já Lucélio Cartaxo vem sendo propagado livremente em João Pessoa como alternativa perfeita para o o seu irmão gêmeo não perder o comando da Prefeitura e não deixar de participar com destaque das eleições deste ano. A tese, inclusive, é defendida por pessoas muito próximas aos irmãos Cartaxo como o líder do prefeito na Câmara Municipal, Milanez Neto, que dificilmente tomaria esse tipo de atitude sem o aval Cartaxista.
Já em Campina Grande não se fala em outra coisa a não ser no possível lançamento da primeira-dama da cidade, Michelline Rodrigues, à disputa pelo Governo do Estado. A equipe de Romero se empenhou em realizar uma possível disseminação da informação para ver as reações e aceitação de um nome ‘novo’ e que teoricamente poderia ser trabalhado com uma baixa rejeição.
A verdade é que o medo de enfrentar o governo, mesmo que seu candidato não consiga atingir os dois dígitos nas pesquisas, levou a oposição ao lugar onde está hoje: acuada, reclusa e sem alternativas plausíveis para tentar vencer uma campanha difícil como a que se aproxima.
Fonte: Leandro Borba
Créditos: Polêmica Paraíba