Hoje é comemorado internacionalmente o Dia da Síndrome de Down. Propositalmente, este dia foi escolhido porque a Síndrome de Down é uma alteração genética no cromossomo “21”, que normalmente é formado por um par e, em casos de pessoas com a síndrome, aparecem “3” exemplares (trissomia).
Mas você pode até se perguntar: Por que criar um dia para celebrar uma síndrome? Fácil. A data, que foi estabelecida em 2006, tem como objetivo dar visibilidade a um assunto que ainda é tratado com muito preconceito. E a melhor forma de combater este preconceito, que muitas vezes surge devido à falta de informação, é trazer a sociedade para o círculo de debate e combater “mitos” que estão enraizados na concepção de cada indivíduo.
Ao contrário do que muitos erroneamente pensar, a Síndrome de Down não é uma doença. Isso significa que o portador da síndrome pode sim, ter uma vida com o mesmo desenvolvimento de qualquer outra pessoa. Tendo isto em mente, e sabendo da existência do preconceito, foi criada a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) que garante direitos às pessoas com deficiência na sociedade.
NOTIFICAÇÃO DA SÍNDROME
O Departamento de Informática do SUS (DATASUS) desenvolveu o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) que reúne informações epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo o território nacional. A Campanha Notificar Importa, promovida pelo Movimento Down, surgiu após levantamentos realizados por um de seus parceiros, o Instituto Primeiro Olhar, em João Pessoa. Os levantamentos revelaram que as muitas notificações de casos de Síndrome de Down não entravam nas estatísticas e contagem de casos a nível nacional.
A Campanha destaca a importância da notificação destes casos para que, com um levantamento mais preciso, seja possível a elaboração de políticas de saúde pública.
REPERCUSSÃO
Recentemente, a desembargadora Marília Castro Neves (TJ-RJ), ridicularizou uma professora portadora da Síndrome de Down em seu Facebook:
“Apuro os ouvidos e ouço a pérola: o Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de down!!! Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social… Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem?”, escreveu Marília.
Débora Seabra tem 36 anos e trabalha há 13 como assistente em um colégio particular e tradicional de Natal, a Escola Doméstica. A prfoessora, que recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação em Brasília, é autora do livro infantil “Débora Conta Histórias” (Alfaguara Brasil, 2013).
Confira abaixo, a carta aberta de Débora Seabra para a desembargadora Marília Castro Neves:
FUNAD
A Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (FUNAD) é um órgão do Governo do Estado da Paraíba, vinculada a Secretaria de Estado da Educação, referência no Serviço de Habilitação e Reabilitação nas quatro áreas da deficiência – CER IV (física, intelectual, visual e auditiva), em todo o Estado da Paraíba, onde as pessoas com deficiência são atendidas por uma equipe multidisciplinar.
A FUNAD atende pessoas de todas as faixas etárias, desde deficiências temporárias até as permanentes: Intelectual, visual, auditiva, física, múltipla, acidentados do trânsito, do trabalho, pessoas com transtornos globais do desenvolvimento TEA – Transtorno do Espectro Austista e pessoas com altas habilidades/superdotação.
PROGRAMAÇÃO
A FUNAD está realizando na manhã desta quarta (21) um evento para comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Dentro da programação, haverá também o IV Seminário sobre Síndrome de Down, com palestras, debates, apresentações culturais, entre outras.
Fonte: Polêmica Paraiba
Créditos: Érika Soares