Quatro dias antes de ser assassinada, a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) postou uma crítica em suas redes sociais: “Precisamos gritar para que todos saibam o está acontecendo em Acari nesse momento. O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari”.
Desde sua criação, em 2011, o batalhão é o que registra os maiores índices de homicídio em decorrência de ação policial na cidade. A área sob responsabilidade da unidade inclui Acari, Irajá, Pavuna e outros bairros na zona norte do Rio.
Em relação ao total de mortes violentas por área, também é um dos que registram as mais altas taxas. Todo ano, oscila entre o primeiro e o segundo lugar no ranking de homicídios decorrentes de ação policial no estado. Em 2011 e 2017, foi superado pelo 15º (Duque de Caxias); em 2015, pelo 7º (São Gonçalo), ambos da região metropolitana.
Em 2017, quase um a cada três homicídios ocorridos na circunscrição do 41º BPM ocorreu em ações policiais. Em janeiro, foram 41%. Entre a criação do batalhão e o dado mais recente, de janeiro deste ano, 567 pessoas foram mortas em ação policial pelos policiais do 41º batalhão.
O Instituto de Segurança Pública (ISP), que organiza as estatísticas de segurança do Rio, só fornece dados até janeiro, período anterior à intervenção federal.
Fonte: Redação
Créditos: Veja