Há coisas na política paraibana que guardam muita coincidência ou semelhança entre si do ponto de vista do enredo e, até, do ponto de vista do desfecho. O atual prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), foi incentivado por líderes políticos do seu e de outros partidos a fazer pré-campanha informal ao governo do Estado, ainda no ano passado, Seria uma espécie de teste de densidade eleitoral, para aferir o desempenho dele nas intenções de voto em regiões distantes da Capital que governa pela segunda vez. No seu caso, talvez fosse até dispensável o tal teste, diante da perspectiva de potencial eleitoral de Cartaxo, atestada em pesquisas para consumo interno de partidos. Com o tempo passando e chegando a hora da onça beber água, Luciano sentiu que lhe faltava um item valioso – a unidade das oposições que se dispuseram a apoiá-lo. Competitividade eleitoral, ficou demonstrada. O que não houve foi vontade concreta de outras legendas para adotá-lo como símbolo anti-ricardista. Confrontado com os fatos, Luciano jogou a toalha e tocou fogo no paiol político paraibano. Pelo menos na oposição, o jogo começa do zero.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes