Cerca de 49 alunos estão assistindo aulas nos fundos da escola Maria Emília Maracajá, na Zona Rural do município de Areia, no Brejo paraibano, em barracos improvisados com lonas. De acordo com os professores, a situação é decorrente do fechamento da escola pela Secretaria de Educação de Areia e transferência dos estudantes para escolas na Zona Urbana, com cerca de 2km de deslocamento, devido a uma quantidade insuficiente de alunos para a formação de turmas.
A Secretaria ofereceu um ônibus estudantil para transportar os alunos, mas os pais das crianças não aceitaram a situação e, junto com os professores, criaram suas próprias salas de aula.
De acordo com os professores, o ambiente é quente, não tem banheiro nem iluminação adequada, apenas lonas suspensas por bambus que dividem os alunos em três salas diferentes, com uma didática multiseriada, colocando crianças de diferentes séries na mesma sala. Em uma sala ficam as turmas do pré 1 e 2, em outra estão os alunos do 1º e 2º ano, e na última sala ficam os estudantes do 3º e 4º ano.
Os professores dão aulas de forma voluntária todas as tardes, desde o início do ano letivo, mas sem validade legal. O Ministério Público foi acionado tanto pela prefeitura de Areia quando pelos pais e professores.
A Secretaria de Educação de Areia fechou a escola alegando que a quantidade de alunos era suficiente para formar turmas e estaria abolindo o sistema de ensino multeseriado. Dessa forma, foram oferecidas duas escolas recentemente reformadas com um serviço de energia adequado, além de internet. “O prefeito providenciou transporte e a gente tem nas outras escolas mais possibilidades, como internet, energia de qualidade”, declarou a secretária Sandra Medeiros.
O promotor de Educação de Areia, Nilton Chagas, disse que não tem detalhes do caso, e segue apurando mais informações.
Fonte: Redação
Créditos: Polêmica Paraíba