O advogado do ex-presidente Lula na Organização das Nações Unidas (ONU), Geoffrey Robertson, participou de um seminário internacional, realizado no Teatro Tucarena, na PUC de São Paulo.
Ele anunciou que deve denunciar à ONU o que chama de “Estado de exceção” no país, representado pela condenação em segunda instância do ex-presidente Lula, a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado.
Os fatos, de acordo com a assessoria do PT, serão apresentados ao Comitê de Direitos Humanos da organização. Entre eles a celeridade no andamento da ação contra o ex-presidente, o cerceamento do direito de defesa e a gravação de ligações telefônicas do escritório que cuida do caso do petista, informou Cristiano Zanin Martins, advogado do petista. “Temos visto sistematicamente direitos e garantias serem desprezados, não só no caso do ex-presidente Lula”, disse.
Durante o evento, a defesa de Lula também falou sobre as providências que irá tomar nos tribunais brasileiros para reverter a sentença imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), e sobre os demais processos envolvendo o ex-presidente.
Para Geoffrey Robertson, o petista tem direito a um julgamento imparcial, como qualquer cidadão. “E não há como o juiz [Sergio] Moro ser esse juiz [que conduz um julgamento imparcial]”, afirmou ele, acrescentando que Lula não possui imunidade nem está acima da lei, mas “tem direitos humanos fundamentais e por isso deve ser tratado de maneira justa”. As informações são da Folha de S. Paulo.
O seminário foi uma realização do Lawfare Institute e, entre os debatedores, contou ainda com a presença do ex-ministro das Relações Exteriores no governo Lula Celso Amorim. “O que aconteceu nesse processo, e é o que eu entendo por ‘lawfare’, é que primeiro você acha o culpado e depois você busca o crime”, disse ele.
Fonte: MSN
Créditos: Notícia ao Minuto