A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária da categoria, realizada nesta quinta-feira (25) pela Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba – ASPOL/PB, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Os policiais civis se reuniram para discutir o anúncio do Governo do Estado, acerca da incorporação das horas extras na bolsa desempenho, apresentar as propostas e deliberar pela continuidade dos movimentos reivindicatórios. Na ocasião, foi deliberado e aprovado por unanimidade pela realização de uma paralisação de 24h na próxima quarta-feira (31) com uma passeata no centro da cidade, no mesmo dia, com concentração a partir das 8h30 da manhã, em frente ao Colégio Lyceu Paraibano.
Durante a reunião, a diretoria da ASPOL/PB falou sobre a união das forças policiais com as entidades que compõem a “Frente SOS Segurança Pública”, e das propostas apresentadas pela ASPOL/PB ao Governo Estadual para melhorias salariais da categoria.
Na última segunda-feira (22), a presidente da ASPOL/PB, Suana Melo, e o vice-presidente, Valdeci Feliciano, participaram de uma reunião com a secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, e o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão da Paraíba, Waldson de Souza, porém houve apenas anúncio de um suposto aumento de 5% e o pagamento do restante da incorporação que falta seria dividido em 18 meses.
“Chegamos a pedir um período de 24h para dialogar com a categoria, apresentar essa proposta e dialogarmos sobre o assunto. Infelizmente o governador Ricardo Coutinho fez seu pronunciamento de que estaria dando aumento às categorias, o que é um equívoco. Não houve aumento nenhum. Isso mostra claramente que não fomos chamados para uma negociação e sim para um anúncio, isso nos foi imposto sem direito a deliberar com a categoria”, disse o vice-presidente da ASPOL/PB, Valdeci Feliciano.
“Nossa principal proposta é corrigir um erro que em 8 anos não foi corrigido, que é o pagamento da categoria de nível superior igualmente às demais. Na Paraíba, um agente ou escrivão que estudou e fez concurso de nível superior recebe salário de nível médio. Isso é um absurdo. Por isso, uma outra forma da gente minimizar as perdas salarias e fazer com que a nossa família não seja prejudicada com a diminuição da renda salarial, que já é pouca, é o Governo do Estado passar a pagar, pelo menos, o mesmo valor de risco de vida para todos os profissionais de forma igualitária, para que uma vida não seja mais valorizada que outra dentro da Polícia Civil. A categoria investigativa, que é a mais que se arrisca, recebe o menor valor”, explicou o diretor da ASPOL/PB, Alcebíades Barbosa.
Na avaliação da diretoria da ASPOL/PB, não há uma proposta adequada por parte do Governo do Estado para a categoria. Não há um aumento salarial, pelo menos para 95% da Polícia Civil que tira hora extra, porque somente 5% não tiram hora extra. De modo geral, a categoria investigativa da Paraíba não recebeu aumento.
“Os policiais civis decidiram paralisar as atividades em protesto por receberem o pior salário do país e em protesto contra o anúncio do Governo do Estado de que a segurança teve aumento de salário. Não houve aumento, essa é a verdade, e o Governador descumpriu o acordo da incorporação ao parcelar em 18x a transferência de dinheiro do plantão extra para a bolsa desempenho. Além de receber o pior salário do país, convivemos com a possibilidade de perdas de mais de 40% em caso de acidente no trabalho ou aposentadoria. Os policiais não estão satisfeitos e se sentem desrespeitados, só nos resta protestar”, destacou a presidente da ASPOL/PB, Suana Melo.
Fonte: wscom
Créditos: wscom