Demitido da Globo recentemente, William Waack conversou com Marcelo Bonfá e falou sobre a polêmica envolvendo uma declaração dada durante gravação do Jornal da Globo.
“Não acho que foi um comentário racista de jeito nenhum. Fiz uma brincadeira citando um amigo meu, Gil Moura, que depois saiu em minha defesa e foi acusado de não ser preto o suficiente. Isso é racismo, pedir pureza racial. Quem é que não fala uma merda entre amigos, quem é que quando está em um ambiente relaxado, brincando, fala uma bobagem da qual não acredita?”, analisou o jornalista.
“Por isso quero reiterar: não fiz uma manifestação racista, fiz uma piada. Piada não é manifestação racista. Até porque um pensamento racista nunca poderá ser uma piada, é importante que as pessoas tenham isso na cabeça”, continuou ele.
Em outro momento, William diz que contou com o apoio de uma das suas colegas mais famosas e prestigiadas na televisão. “A Glória Maria foi a público e disse: ‘Convivi com o William por anos, esse cara não é racista porra nenhuma’. Liguei pra ela e falei ‘Glória, você vai apanhar, os caras estão me batendo e tem uma tremenda hipocrisia no ar’. Ela disse ‘Não quero saber, não vou com a maioria. Quero te autorizar a usar minhas palavras'”, revelou Waack.
O ex-âncora da Globo ainda comentou a decisão da emissora em lhe demitir. “Algumas empresas consideram que ficar de bem com a gritaria lhes dá vantagens empresariais. E do ponto de vista institucional elas ganham projeção, acomodando-se, cedendo, muitas vezes covardemente, às gritarias em redes sociais. Algumas empresas, chocadas com sua credibilidade em jogo constantemente através das redes sociais, não tem a visão estratégica necessária para entender o que está em jogo e agem de curto prazo, com medo”, analisou Waack.
Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Notícias ao Minuto