A OMS monitorou por dez anos o comportamento de players até chegar à conclusão de que alguns deles apresentam um problema de saúde mental provocado pelo excesso.
No texto de apresentação, presente no manual do diagnóstico e que ainda está na fase de rascunho, o player será enquadrado na doença quando “o jogo tiver prevalência sobre outros interesses da vida”. Nesse caso, a pessoa continua a jogar mesmo quando sofre consequências negativas.
A confirmação do diagnóstico só acontece se esse comportamento se mantiver por um ano. A OMS estima que essa doença atinja de 0,2% a 20% dos jogadores.
Consequências para a saúde
Por enquanto, o transtorno de jogo é o único ligado à tecnologia que ganhou novo status. Os chamados vícios de smartphones ou internet permanecem sem essa classificação porque faltam provas de que seriam “distúrbios reais”, segundo a OMS. A entidade também já recebeu pedidos para incluir como doença o transtorno de binge-watching , o vício de fazer maratonas em frente à TV.
Para Vladimir Poznyak, do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, é importante reconhecer que o transtorno traz “sérias consequências para a saúde”, como disse para a revista New Scientist. “A maioria das pessoas que jogam videogames não tem uma desordem, assim como a maioria das pessoas que bebem álcool também não tem transtorno. No entanto, em determinadas circunstâncias, o uso excessivo pode levar a efeitos adversos”, afirmou o especialista.
Fonte: Terra
Créditos: Terra