Saúde nota 5

DONO DA VERDADE

Perguntei anteontem no twitter se o governador havia baixado algum decreto estabelecendo que na Paraíba a verdade não é a verdade, mas o que ele diz ou seus arautos e bajuladores dizem por ele. Talvez em razão dessa postagem, o amigo Vau escreveu o comentário que reproduzo a seguir, originalmente intitulado ‘Contradição’.
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Prezado Rubens, pesquei na coluna Aparte, do Arimatéa Souza (Jornal da Paraíba – 2.3.2012, página 4), a seguinte pérola atribuída a Ricardus I: “Fazer política é transitar na raia da verdade. Não dá para você alterar as coisas ou então fazer de conta que não entendeu para gerar na população uma compreensão equivocada”.
A frase proferida faz parte da defesa de Sua Majestade diante das críticas contra o modo odiento de conduzir seu reinado, gerando insatisfações em feudos importantes do reino, como é o caso de Campina Grande. No entretanto, a pergunta que começa a não querer calar é a seguinte:
– Então, se fazer política é como Sua Majestade afirma filosoficamente, por que carga d’águas tentou incutir na população paraibana, durante a greve do Fisco, a idéia de que o os auditores fiscais pleiteavam aumento, quando na verdade eles queriam apenas o cumprimento da Lei do Subsídio que lhes garantia uma participação pecuniária pelo aumento da arrecadação?
A Lei nº 8.438, de 18.12.2007, criada no governo Cássio, teve o seu teor deturpado através de notas oficiais redigidas pela imprensa real. Foi desrespeitada, vilipendiada, rasgada e corre o risco de virar letra morta, simplesmente pelo capricho e desejo de quem prega uma filosofia e, contraditoriamente, exerce outra.
Temores de Avenzoar
O ex-deputado Avenzoar Arruda prevê que após o decreto da produtividade multante dos amarelinhos de João Pessoa, as próximas novidades de Luciano Agra e Ricardo Coutinho serão as seguintes:
• o policial vai ganhar pelas prisões que efetivar;
• o coveiro, pelas pessoas que enterrar;
• o professor, pelos alunos que reprovar;
• o araponga, pelos adversários do governo que bisbilhotar;
• o puxa-saco, pelo número de autoridades que bajular;
• o aspone, pelos dias que faltar;
• e o dedo-duro, pelo tanto de gente que entregar.
“Será ainda instituído um prêmio para quem denunciar o vizinho que colocar o lixo fora de hora, o dono que deixou de apanhar as fezes do cachorro e outros troféus nessa linha para levar a nossa cidade e o nosso Estado à perfeição”, acrescenta, arrematando:
– Decidi sair pouco de casa e voltar logo. É perigoso.
Por uma boa causa
De Christiane Blume, via Helder Alexandre e Marcos Antônio Cavalcante: – A Audioteca Sal & Luz precisa ampliar significativamente o número de associados para não perder ajuda do governo. Sem fins lucrativos, ela produz e empresta livros falados (audiolivros) para cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral a textos religiosos e até provas corrigidas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3. Os interessados podem se associar e solicitar o livro pelo telefone (0XX21.2233-8007), escolhendo o título pelo saite (audioteca.org.br), que receberá a obra sem qualquer ônus pelos Correios.