“Financiamento, gestão e humanização são os desafios da saúde no Brasil”, diz Cássio

Na sua fala durante a abertura da Campanha da Fraternidade 2012 da CNBB, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), destacou três aspectos fundamentais para que a saúde pública tenha melhorias significativas para o cidadão. O senador declarou que o financiamento, a gestão e a humanização são absolutamente essenciais para que este serviço, “fundamental para a nossa sociedade, deixe de ser o grave problema que atualmente se constitui em todos os municípios do país.

A solenidade que contou com religiosos de vários estados, foi presidida pelo arcebispo da Paraíba, D.Aldo Pagotto, foi realizada n o teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural em João Pessoa, na noite desta sexta-feira.

Para ele, a saúde pública do Brasil, que é gerido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) quase constitui numa ousadia sem precedentes em países do nosso porte precisa enfrentar definitivamente estes três aspectos. No que se refere à disponibilização de recursos, é necessário que a evolução que estados e municípios cumprem, que é a fixação de recursos com base na arrecadação, seja também seguida pelo Governo Federal, que é o maior arrecadador e não tem obrigações orçamentárias para a saúde, “e o que vimos neste ano foi o corte de mais de 5bilhões de reais no orçamento para a saúde, promovido pelo Governo Federal”.

Conform e entendimento do senador, o Brasil precisa rediscutir o seu pacto federativo ou estará cada vezmais se transformando num imenso país unitário, “o que de fato se trata de ummodelo desorganizado, em que não apenas a saúde, mas também a educação e asegurança estarão sempre na pauta dos principais problemas a serem enfrentados pelos governos”.

Sobre esse modelo, Cássio fez questão de ressaltar que não se trata de crítica a esteou a outro governo, “falo de maneira holística, historicamente todos os governos centrais ao longo dos anos sequer tentaram repactuar a federação e o que vimos atualmente são estados e municípios, cada vez mais dependentes da transferência de recursos para os seus programas básicos e isso inclui saúde, evidentemente.

Cássioelogiou a atuação do governador Ricardo Coutinho, que tem tomado medidas ousadas e corajosas para melhorar a nossa saúde pública, porém é preciso que a questão do financiamento seja definitivamente resolvida, “daí a importância ainda maior do tema da Campanha da Fraternidade deste ano”, disse.

Cássio Cunha Lima lembrou ainda o grande trabalho realizado pela CNBB e as suas pastorias em todo o país e destacou a Dra. Zilda Arns “que a partir de uma ação extremamente simples, que foi a prescrição da multi mistura para as nossas crianças conseguiu reduzir drasticamente a mortalidade infantil no Brasil”.Para ele, a capilaridade e a credibilidade da Igreja na nossa sociedade devem ser cada vez mais utilizadas pelos governos na adoção de políticas públicas de saúde.