MP dá novo prazo aos estádios, mas não garante torcida na 1ª rodada do Paraibano

Após uma terça-feira marcada por uma longa reunião, a Comissão Estadual de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios da Paraíba decidiu prorrogar até o dia 29 de dezembro o prazo para que sejam solucionados as irregularidades dos estádios que estão cotados para sediar os jogos do Campeonato Paraibano 2018. Apesar da pendência, todas as praças tiveram os seus laudos aprovados com restrições e, por causa disso, vão poder receber as partidas do estadual – mesmo que seja sem a presença do torcedor ou apenas com a torcida do clube mandante.

Vale ressaltar que sete estádios estão confirmados para sediar o Campeonato Paraibano. São eles: Almeidão e Graça (localizados em João Pessoa), Amigão e Presidente Vargas (em Campina Grande), José Cavalcanti (em Patos), Perpetão (em Cajazeiras), Marizão (em Sousa) e Sílvio Porto (em Guarabira).

O Estádio de Guarabira, por sinal, é um dos que exigem mais cuidados. É que como as obras no Sílvio Porto estão atrasadas, ficou acordado que a Polícia Militar vai realizar uma nova vistoria quando tudo estiver concluído.
Porém, já ficou acertado que os jogos nos quais Desportiva Guarabira for receber Botafogo-PB, Campinense e Treze vão contar apenas com a torcida do Azulão do Brejo. O motivo é que o Estádio Sílvio Porto não possui uma barreira física para separar os torcedores da equipe casa e os visitantes.

A reunião foi realizada na manhã desta terça-feira, na Sala de Sessões da Procuradoria-Geral de Justiça, em João Pessoa, e contou com a presença de Valberto Lira, que é o presidente da Comissão; Amadeu Rodrigues, presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF); membros da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – todos responsáveis pelas vistorias nos estádios – além de representantes da cidade de Guarabira, e dos presidentes Watteau Rodrigues (Auto Esporte) e Valdir Cabral (Serrano-PB).

Em tom de desapontamento pelo fato de que nenhum estádio esteja apto após ter se passado o primeiro prazo, Valberto Lira reafirmou a necessidade de que o torcedor tenha o mínimo de conforto e segurança nos jogos do estadual.

– Estamos cobrando esses laudos porque é uma exigência da lei. Não queremos que haja descontinuidade no campeonato, mas pode acontecer que os primeiros jogos ocorram sem torcidas, de portas fechadas, porque temos que garantir a segurança dos torcedores – alertou o procurador de justiça.