Maitê Proença foi convidada do programa Roda Viva da TV Cultura nesta segunda-feira. Fora da Rede Globo desde o final do ano passado, a atriz contou que não recebeu nenhum comunicado prévio da demissão. “Foi muito estranho eu ser demitida sem nenhum aviso. Só soube quando começaram os boatos na imprensa marrom de que eu já tinha sido dispensada. Liguei para a pessoa que tinha me dito que o meu contrato seria renovado e me falaram que, de fato, ia ser descontinuado”, afirmou.
Maitê foi contratada pela TV Globo em 1979 e ficou 37 anos trabalhando na emissora. A atriz ainda explicou como funcionava o pagamento dentro da empresa: “Recebia um salário base e tinha que pedir para fazer um filme, comercial ou peça de teatro. E você recebe um adicional quando está aplicado em uma novela ou minissérie, por exemplo”.
O ator Fulvio Stefanini, que compunha a bancada de entrevistadores, revelou que passou por uma situação semelhante: “Isso aconteceu comigo também. Até hoje, eu não sei quem não renovou o meu contrato, porque não recebi sequer um e-mail”, disse.
Assédio
Maitê também afirmou que foi assediada diversas vezes ao longo da carreira no programa. “São muitas as maneiras. Às vezes, o sujeito passa dez anos tirando papéis de você, porque você não cedeu. Ele mina o seu trabalho. São pessoas que atrapalham a sua vida sistematicamente, te perseguindo mesmo.”
A atriz ainda contou de um caso em que um diretor de televisão com quem trabalhava queria se relacionar com um namorado de Maitê na época. “Ele me pediu para eu jogar uma garrafa na parede e me filmou. Depois, mandou um vídeo para o [produtor] Paulo Ubiratan afirmando que eu estava louca. E eu perguntei ‘por que vocês mantêm esse canalha?’ e me responderam que era por que ele era talentoso”, contou.
Fonte: Revista Veja
Créditos: Revista Veja