TO Tribunal de Justiça da Paraíba mais uma vez vira as costas para a sociedade paraibana e “legisla” em causa própria ao suspender a tramitação da Lei Orçamentária Anual (LOA) reclamando de um congelamento da previsão dos repasses do duodécimo. Me pergunto qual a contribuição que o Tribunal de Justiça deu a Paraíba nos últimos três anos, desde que crise se agravou e teve impacto direto nas contas públicas, contas públicas essas responsáveis por manter as regalias, mordomias, penduricalhos e outras “coisitas” do judiciário?
Para se ter uma ideia, o governo do Estado repassa todos os meses para o Tribunal de Justiça, a bagatela de R$ 50 milhões. Todo dia 20 de cada mês, cai na conta do TJ, R$ 50 milhões. Sabe para onde vai 85% desse montante? Para pagamento da Folha de Pessoal.
O duodécimo ao qual o Tribunal, assim como os demais Poderes, tem direito, e é indispensável para sua autonomia administrativa, financeira e política, é calculado com base na Receita Corrente Líquida, ou seja, se diminui o orçamento do Estado, consequentemente diminuiria o repasse, porém, não foi isso que aconteceu, não houve redução no repasse nos últimos anos para nenhum Poder, como prevê a constituição, de que o repasse de um ano, não pode ser inferior ao do ano anterior. Apostou o legislador dessa lei, que as contas públicas viveriam em constante crescente.
As consequências da decisão do Tribunal de Justiça, caso não seja revista, antes do final do ano, são drásticas para o Estado, uma vez que sem orçamento aprovado, o governo terá que trabalhar com base no orçamento do ano passado, ou seja, nenhuma ação nova poderá ser implementada, inclusive, pelos Poderes.
Agora como explicar que um Estado como a Paraíba, pequeno, porém, gostem ou não, com as contas equilibradas, veja seus investimentos que impactam diretamente na vida de milhões de paraibanos, suspensos, porque o TJPB acha que é o Orçamento do Estado que tem que se adequar a ele, e não o contrário.
É como o empregador tenha que ajustar o salário do empregado aos seus hábitos e costumes, ao invés do trabalhador ajustar seu modo vida ao salário de que recebe.
Fonte: Blog do Marcos Wéric
Créditos: Marcos Wéric