A situação caótica da gestão do prefeito de Pedras de Fogo, Dedé Romão (PSB), vem se agravando ainda mais, após o relatório oficial da Controladoria Geral da União (CGU) apontar incontáveis irregularidades na administração.
Sem o apoio da população, o prefeito também perdeu apoios na Câmara Municipal e agora fica sem a maioria na Casa Legislativa.
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (25) os vereadores Jonas Campineiro (PSB) e Jurandir Júnior (DEM), declararam oficialmente que não fazem mais parte da base de apoio ao prefeito na Câmara. Na oportunidade, eles citaram que não podem permanecer fechando os olhos para os desmandos administrativo da gestão do Prefeito Dedé Romão.
O assunto principal da sessão foi o relatório da CGU e a resposta da Prefeitura Municipal à imprensa sem apresentar documentação que comprovasse a veracidade da negativa da gestão.
Ainda durante a sessão, os dois vereadores assinaram um documento oficializando a constituição do bloco de oposição na Câmara Municipal, composto pelos seguintes parlamentares: Leléo do Alternativo (PSD) Zé de Duda (PRB) Jailson do Casadinho (PMDB) Jurandir de Danda (DEM) Jonas Campineiro (PSB) Nelson da Una (PRB).
Com o plenário lotado pelos populares que buscavam uma resposta sobre o caos administrativo e a exposição negativa da cidade para todo estado, os vereadores afirmaram que irão investigar as irregularidades apontadas pela CGU.
Jonas Campineiro (PSB) recém-chegado à oposição usou a palavra e afirmou que a fiscalização da Câmara nos desmandos do prefeito. “Vou cumprir com o papel de vereador que é de fiscalizar a administração, e que ninguém está acima da lei, e que a lei tem que ser cumprida. Não estou aqui para agradar prefeito, e sim, a população que confiou a mim mais de 1.200 votos, onde honrarei cada um deles. Quero aqui deixar bem claro que, não faço mais parte do governo municipal”, enfatizou Jonas Campineiro.
RELÁTORIO DA CGU APONTA CAOS NA GESTÃO DE PEDRAS DE FOGO
Superfaturamento, despesas não comprovadas, irregularidades na gestão de merenda e transporte escolar, descumprimento de carga horária semanal de servidores, pagamentos em atraso mesmo com a verba federal sendo repassada antecipadamente, irregularidades em pregões presenciais, pagamento a profissionais que não exercem atividades de magistério com a parcela de 60% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), contratação irregular de profissionais da Educação, existência de servidores com até três vínculos na Prefeitura e irregularidades nos processos licitatórios visando aquisição de combustíveis estão dentre outras várias irregularidades comprovadas através de investigação.
O documento oficial da Controladoria Geral da União (CGU) aponta que foram encontradas falhas na aplicação dos recursos federais usados nas secretarias da Saúde e Educação.
Conforme o relatório, na Secretaria da Educação houve uma falha no uso do recurso do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) destinado aos programas de transporte e merenda escolar. Técnicos da CGU constataram irregularidades no controle de estoque e quantidade de merendas, além de problemas no armazenamento dos alimentos.