A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou nesta quinta-feira (19) soltar o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman. Mas, ao decidir pela soltura, a Turma determinou algumas medidas cautelares (saiba mais abaixo).
Nuzman foi preso no último dia 5 por suspeita de intermediar o pagamento de propinas para que o Rio de Janeiro fosse escolhido a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Uma semana depois da prisão ele renunciou ao comando do COB.
A defesa do ex-presidente do Comitê Olímpico nega as acusações e afirma que os fatos são “injustamente” imputados a Nuzman.
Decisão do STJ
Ao analisar o caso nesta quarta, a Sexta Turma do STJ substituiu, por 4 votos a 0, a prisão preventiva pelas seguintes medidas cautelares:
Entrega do passaporte;
Proibição de deixar o Brasil;
Proibição de contato com outros investigados.
Além de Nuzman, também são suspeitos de participação nos crimes Leonardo Gryner, ex-diretor do COB; o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso desde novembro; e o empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”.
Todos foram denunciados nesta quarta (18) junto com os senegalezes Papa Massata Diack e Lamine Diack.
Entenda o caso
Lamine, integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI), teria vendido o voto dele e negociado a venda ilegal com outros membros africanos do comitê.
Papa, seu filho, teria ajudado Nuzman no negócio e recebido o dinheiro. Contra Gryner também há uma denúncia por organização criminosa.
De acordo com a denúncia, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram diretamente a Arthur o pagamento de US$ 2 milhões para Papa Diack, para garantir votos para o Rio de Janeiro na eleição da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o que configura corrupção passiva.
Fonte: G1
Créditos: G1