Um carro desgovernado invadiu uma casa no Itapoã, na tarde desta segunda-feira (16/10), e matou Geany Carolline, 3 anos. Os pais da criança também foram atingidos pelo veículo. O Corpo de Bombeiros os levou para o Hospital Regional do Paranoá. Segundo informações da corporação, o casal sofreu alguns ferimentos e está consciente.
O motorista, Hegon Henrique Brito, 24, foi submetido ao teste do bafômetro, que não atestou ingestão de álcool. Ele foi conduzido à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e alegou ter perdido o controle da direção.
A perícia do Instituto de Identificação (IC), da Polícia Civil, foi acionada e determinará o que realmente motivou a tragédia. O veículo envolvido no acidente é um Siena vermelho placa PAJ-0310-DF. A casa fica localizada na quadra 318 do Itapoã.
Um comerciante disse que, antes do acidente, Hegon e a passageira do carro — sua namorada — discutiram asperamente em frente a um estabelecimento comercial. Depois, os dois entraram no veículo e o condutor teria arrancado em alta velocidade. “Saíram a mil por hora, cantando pneu na avenida. Tentei ligar no 190, mas não consegui”.
Um vídeo que circula pelo WhatsApp mostra uma mulher ao lado do corpo da criança — que estava coberto por um lençol. Nas imagens, o suspeito de ter provocado o acidente aparece sem camisa, de bermuda vermelha e algemado. Após protestos de populares que pediam seu linchamento, o homem é colocado dentro do cubículo de uma viatura da Polícia Militar e levado para a delegacia.
De acordo com o ambulante Luiz César Ribeiro, 42 anos, que testemunhou o acidente, o carro estava em alta velocidade. Segundo ele, após invadir a casa, o motorista desceu do veículo alterado, “falando palavras desconexas”. “Eles pareciam drogados.
O ambulante foi um dos que ajudou a erguer o Siena para retirar a menina debaixo do veículo. “Fizemos muita força, mas não conseguimos”, lamentou.
Briga com a namorada
A mãe de Hegon, a cabeleireira Simone Clara, 40 anos, confirmou que o filho havia acabado de brigar com a namorada minutos antes do acidente e acredita que ele poderia estar sob efeito de alguma substância. “Meu filho nunca usou drogas ou bebida alcoólica. Ele estava transtornado pela briga com a namorada. Acredito que possa ter tomado algum tipo de medicação”, contou.
A Defesa Civil esteve no local e, num por meio de laudo parcial, atestou que a casa da família corre o risco de desabar. Por precaução, a rua foi isolada.
https://youtu.be/6uWZgWf3Dbw
Fonte: METRÓPOLES