A vitória em Hossegor fez Gabriel Medina subir cinco posições no ranking do Circuito Mundial, ficando atrás apenas do líder John John Florence e do vice-líder Jordy Smith. No entanto, para conquistar o título da temporada, o surfista de Maresias precisa de um verdadeiro milagre. Com 49,900 pontos, John John está cada vez mais confortável na liderança e depende apenas de si para conquistar o bi. A próxima etapa do Circuito acontece de 20 a 31 de outubro, em Peniche, Portugal. Fechando o calendário, os surfistas desembarcam no Havaí para a disputa do Pipe Masters, de 8 a 20 de dezembro.
– Foi um evento ótimo, com boas ondas todos os dias e estou muito feliz pela vitória. Não estou pensando em ranking ou título mundial, eu só quero fazer o meu melhor em todos os eventos. Eu prometi a mim mesmo que eu tinha que ganhar um evento este ano e finalmente consegui – afirmou Gabriel Medina, campeão mundial em 2014.
Para chegar ao Havaí na liderança do ranking, o brasileiro precisa ser campeão em Portugal e secar bastante os seus dois principais concorrentes. Com 40,750 pontos, Medina teria de torcer para que John John não passasse da terceira fase em Peniche – o havaiano venceu a etapa portuguesa no ano passado. Já o sul-africano Jody Smith teria de cair antes das quartas de final para não atrapalhar os planos do brasileiro.
A complexidade nas contas do paulista de Maresias não para por aí. Caso Medina conquiste as etapas de Peniche e Pipeline (melhor das hipóteses possíveis), John John não poderia passar das quartas de final nos dois eventos, e Jordy Smith teria cair no máximo na semi, tanto em Peniche como em Pipeline.
Caso fature um primeiro e um segundo lugar nas etapas derradeiras, a secada teria de ser maior ainda. Neste caso, tanto John John Florence como Jordy Smith teriam de parar nas oitavas de final dos dois eventos.
Medina também poderia ser campeão mundial com dois segundos lugares, um segundo e um terceiro lugares, dois terceiros lugares e um terceiro e um quinto lugar. Só que, nessas simulações, a linha de corte da secada aos rivais seria bem maior, com o brasileiro tendo que torcer para quedas precoces de John John e Jordy Smith.
O Circuito Mundial de Surfe é disputado em onze etapas. Ganha quem somar mais pontos ao fim da temporada, descartando-se as duas etapas de pior desempenho de cada surfista. O campeão de cada evento leva 10.000 pontos, o vice 8.000, o terceiro 6.500, o quinto 5.200, o nono 4.000, o décimo terceiro 1.750 e o vigésimo quinto soma 500 pontos.
Créditos: Globo Esporte