Os dois primeiros dias de shows do Rock in Rio foram marcados pela mistura de estilos e também por protestos. Na tarde deste sábado (16) durante o show da banda Blitz, o vocalista Evandro Mesquita fez críticas ao governo do presidente Michel Temer e, em seguida, a plateia gritou “Fora, Temer”.
“A Amazônia está seriamente ameaçada por políticos corruptos, mineradores, pecuaristas, e estão conseguindo diminuir as áreas indígenas e os parques por cobiça. O governo Temer quer salvar o pescoço. Sou guardião da Amazônia. Levantem as mãos aí que nossa resistência será forte, firme, por um Brasil melhor, pelas áreas indígenas, pelas demarcações de área, é isso aí”, afirmou o vocalista da banda.
Em alguns momentos durante a tarde e a noite de sexta-feira (15), o público também fez protesto e berrou “Fora Temer”. Um deles, foi durante o pocket show da cantora drag queen Pabllo Vittar em um dos stands do festival, que reuniu um público maior do que a maioria das atrações do Palco Sunset.
O primeiro show do Palco Sunset foi de João Donato, que começou por volta das 15h. Em menos de uma hora, clássicos de álbuns fundamentais da discografia na música brasileira, como “Muito à vontade” e “A Bad Donato” puderam ser acompanhados pelo público – que compareceu em número bem maior que no anterior. O show da Banda Blitz foi o segundo do palco na tarde deste sábado (16).
No Palco Mundo a primeira atração a se apresentar nesta segunda noite é o Skank, que deve subir ao palco às 19h.
Em seguida, o caçula Shawn Mendes, programado para as 21h, a cantora Fergie, que vai e apresentar às 22h35 e Maroon 5, que encerra a noite às 0h25.
No primeiro dia, o Palco Mundo começou com o axé de Ivete Sangalo, depois teve o synthpop do Pet Shop Boys, o pop punk do 5 Seconds of Summer e, para terminar, o pop rock do Maroon 5, que substituiu Lady Gaga.
No Palco Sunset, segundo espaço mais importante do festival, tivemos outra prova de que o público do Rock in Rio realmente não está nem aí para divisões. O último show da noite ali, com plateia bastante animada, foi “Salve o samba”, homenagem aos 100 anos do gênero.
Antes de sambistas como Martinho da Vila, Jorge Aragão e Alcione, o local teve a eletrônica de SGLewis, a psicodelia de Céu com Boogarins e o funk de Fernanda Abreu (com participação de Dream Team do Passinho).
Em uma Cidade do Rock maior do que em edições anteriores, o Rock in Rio 2017 viu o público se espalhar bastante. Isso fez com que stands patrocinados por marcas, espaços geralmente sem tanto prestígio, acabassem tendo shows digno de nota.
Fonte: G1