Um ano depois de ser afastada definitivamente da Presidência, Dilma Rousseff afirmou à Folha que o impeachment foi aprovado com base em argumentos “ridículos”.
Ela continua a chamar o processo de “golpe”, mas reconheceu que seu governo “perdeu a batalha do convencimento” quando buscava saídas para a crise econômica.
Ao analisar a disputa de 2018, Dilma, 69, disse que prefere ver o PT enfrentar o tucano Geraldo Alckmin a Jair Bolsonaro ou João Doria, a quem chama de “inconsistente”.
Bem-humorada, a ex-presidente disse que quer assistir ao filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, baseado na Lava Jato. “Acho que uma boa comédia é imperdível. Especialmente quando não queria ser comédia”, provocou.
Ela também ironizou a presença de André Fufuca (PP-MA) como presidente interino da Câmara: “O Fufuca é a piada pronta daquele local”.
Confira trecho:
E a candidatura de Geraldo Alckmin?
Eu preferia o Alckmin ao Doria e ao Bolsonaro. Acho que o país preferia um candidato do perfil do Alckmin.
Por quê?
Ao Bolsonaro, não tenho dúvida. Em relação ao Doria, que as pessoas façam seu raciocínio e pensem bem. Não vejo consistência na candidatura dele. O Alckmin, de uma forma ou outra, é PSDB. Acho que eles ainda têm um pequeno compromisso com o país.
E Marina, pode se viabilizar?
Não consigo ver. Não tenho visto a presença dela no cenário político, então fica difícil.
Créditos: Folha