A jornalista descendente de colombianos Ilia Calderón afirma ter “temido por sua vida” durante a gravação de um programa de entrevista com um líder da Ku Klux Klan (KKK) no Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O homem disse que ela deveria “voltar para Cuba”, que iria “queimá-la viva” e que não teria problema em queimar 11 milhões de imigrantes do país.
— Já matamos seis milhões de judeus uma vez — afirmou.
A KKK é conhecida por defender a supremacia branca e voltou a ser citada pela imprensa após a manifestação em Charlottesville, que culminou em três mortos e vários feridos na semana passada.
Ilia trabalha na Univision, emissora de TV americana voltada para o público latino. Após os ataques em Charlottesville, a emissora decidiu conhecer mais sobre os grupos que defendem a supremacia branca e combinou entrevista com Chris Barker, líder dos “Leais Cavaleiros Brancos”, uma seita da Ku Klux Klan na Carolina do Norte. Ela diz que estava preparada para ser insultada, mas que ficou “surpresa com o nível dos insultos”.
O programa ainda não foi veiculado, mas a Univision liberou na internet partes da entrevista. Os trechos mostram a casa de Barker e da esposa decorada com vários itens em referência à KKK, falas do líder local extremamente racistas e um ritual de membros da seita com tochas.
Ao entrar na propriedade de Barker, Ilia diz que a primeira coisa que ouviu é que ela era a “primeira pessoa negra” a pisar no local.
O homem pergunta à apresentadora “por que ela não volta para o país dela”.
— Se você ama tanto seu país, por que vem para cá roubar nossos empregos? — questiona.
Em seguida, ele diz que os norte-americanos vão expulsar os imigrantes do país. Ilia, surpresa, repete a afirmação e pergunta como ela será expulsa. Barker, então, adota um tom mais agressivo:
— Não, vamos queimá-la.
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Fonte: ZH Mundo