O boxeador Manny Pacquiao pediu nesta terça-feira que a WBO (Organização Mundial de Boxe) revise o combate no qual ele foi derrotado por decisão unânime pelo australiano Jeff Horn, no último domingo. Com o revés, considerado muito polêmico por jornalistas e fãs da modalidade, o filipino perdeu seu cinturão da entidade.
“Não quero ver o boxe morrer por causa de uma decisão injusta e erros de arbitragem. Tenho a obrigação moral de exigir esportividade, verdade e imparcialidade”, disse Pacquiao.
No domingo, após Horn ser declarado vencedor, o lutador derrotado disse que aceitava o revés e respeitava a decisão da arbitragem.
Os treinadores do filipino criticaram muito os juízes por não pararem a luta para penalizar Horn, que lutou em casa e em frente a mais de 50 mil pessoas, por cabeçadas e tentativas de agarrar o pescoço.
Eles também ressaltaram que as estatísticas mostram que Pacquiao, que precisou dar pontos em dois cortes feitos após cabeçadas de Horn, acertou duas vezes mais socos que o australiano.
Contudo, os três juízes disseram que Horn venceu o combate, em decisão que foi muito criticada por especialistas em boxe.
O maior motivo de indignação foi com a juíza norte-americana Waleska Roldan, que marcou 117-111 para o australiano. Seu placar foi muito diferente dos outros árbitros, o também americano Chris Flores e o argentino Ramón Cerdan: ambos assinalaram 115-113 para Horn, em uma decisão muito mais apertada do que a de Roldan.
Já o empresário Bob Arum, um dos promotores da luta, preferiu não se envolver em polêmica: “Foi uma luta dura e apertada. Ambos poderiam vencer”, limitou-se a dizer.
No contrato do embate, aliás, Pacquiao tem uma cláusula de revanche, o que significa que o filipino deve voltar aos ringues ainda neste ano contra Horn para tentar recuperar seu cinturão da WBO.
Contra o australiano, que é professor de escola primária além de boxeador, o filipino conheceu sua 7ª derrota na carreira – ele ainda tem incríveis 59 vitórias e dois empates no cartel.
Fonte: ESPN