Debate

Advogados se mostram descrentes em relação ao cenário político nacional

Os debatedores desta quinta (29) no programa Master News comentaram sobre a descrença generalizada do brasileiro em torno do cenário político.

Um dos temas tratados nessa noite foi o caso de um rapaz que invadiu o Palácio do Planalto. Por volta das 19 horas, um rapaz dirigindo uma espécie de vant ou SUV preta, chegou à portaria do Palácio da Alvorada como se fosse se identificar para entrar. Na hora que o segurança foi abordá-lo, o rapaz acelerou, derrubou o portão de entrada do palácio e seguiu invadindo a residência oficial da Presidência da República.

O soldado do Exército que estava no local começou a disparar tiros de escopeta em direção ao carro. Foram cinco ou seis tiros e o motorista, que parece menor de idade, só parou o carro perto da igrejinha do Alvorada. Parou o carro, saiu correndo e se escondeu nos jardins do palácio.

Para Gilvan Freire, o ato do jovem representa uma revolta das forças populares. Segundo ele, a reação popular é importante, mas alerta: “A instabilidade é má conselheira”.

 

Sobre o processo de julgamento do presidente Michel Temer, Gilvan fala sobre o que julga como “jogo de cartas marcadas”. Mas mesmo com a atual conjuntura, há uma “possibilidade do congresso ter uma palavra de autocrítica, dar um freio nessas derivações”. E revela que já aconselhou o senador José Maranhão a convocar outros parlamentares para elaborar  movimentos de resistência ao desmando. “Até que ponto o povo reage aos mal feitos da classe política, mas um pais só tem capacidade de ter esclarecimento se tem liderança estudantil uma classe política mais consciente”.

Diogo Cabral, analisa que a população também sente um pouco de culpa pelo caos político instaurado. “O brasileiro se entende como politizado, mas não exerce de fato sua cidadania junto aqueles que elegeram”, diz. O advogado também considera aceitável as greves e piquetes, mas o vandalismo deslegitima as reivindicações populares. Sobre o processo envolvendo Michel Temer, acredita não ter surpresas na votação e não o julgamento não será aceito.

Fábio Andrade também se mostra descrente com a situação do julgamento de Temer no STF. Ele avalia que a proposta é resolver a questão com rapidez: “A tentativa é resolver isso logo e acabar com isso antes do segundo semestre e apostar na memória  curta do eleitor brasileiro”. Para Fábio, a população brasileira não consegue se posicionar com clareza, pois o “momento do Brasil é muito confuso”, deixando a opinião popular perdida.

Fonte: Polêmica Paraíba