Dirigente do PT em CG acusa governador de não contribuir para diminuição da violência

Em entrevista a assessoria de comunicação do Partido dos Trabalhadores de Campina Grande, o presidente do diretório do PT, Alexandre Almeida, que está em Brasília envolto em reuniões com a cúpula do governo federal em busca de recursos para a cidade, cobrou do Governo do Estado ações efetivas para diminuir o índice de violência nas escolas da Paraíba em especial na Rainha da Borborema.

Segundo ele, Agressões físicas e verbais, ameaças, posse de arma, consumo de droga e bullying são os principais problemas enfrentados por educadores em escolas da Paraíba. A ação violenta dos estudantes, em alguns casos, reforçada por pessoas alheias a comunidade escolar, já ultrapassou os limites dos grandes centros urbanos como João Pessoa e Campina Grande e tem causado pânico em escolas do interior, principalmente no Sertão do Estado, onde o número de denúncias é um dos mais altos.

Definida no dicionário como instituição social que tem a missão de educar e formar cidadãos aptos a construção de um mundo mais justo e igualitário, a escola tem perdido nos últimos tempos, espaço para a violência, que tem se alastrado e deixado um rastro de problemas de desconstrução de valores. “Ao contrario do que deveria acontecer, existem estabelecimentos educacionais na Paraíba em que professores preferem deixar a função por conta da ação inibidora dos próprios alunos, que se rebelam contra as diretrizes que norteiam o funcionamento da escola. Na maioria dos casos os estudantes recebem apoio de outras pessoas ligadas ao tráfico de drogas, para agirem dentro das instituições de ensino. Dai venho a cobrar do governador o pleno reestabelecimento das patrulhas escolares, que sofrem com o desmando administrativo da atual gestão. As patrulhas escolares têm uma importante função nesta área”, disse.

Quem concorda com o dirigente partidário é o membro do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação no Estado da Paraíba (Sintep-PB) Edvaldo Faustino, onde relata que apesar de não haver muitos levantamentos oficiais, o número de professores que se afastam da escola por motivos de saúde ou violência vem acontecendo com frequência. “Infelizmente, até hoje não foi tomada nenhuma medida preventiva, e as escolas não ficam livres da invasão do crack”, declarou.

Campina Grande lidera casos bullying no interior – Segundo dados da Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Contra Criança e Adolescente de Campina cinco casos de bullying foram registrados somente em maio deste ano.