Depois de perder praticamente todo o segundo semestre da última temporada por lesão, Roger Federer voltou em 2017 superando as expectativas de todos. Até de si mesmo. Com o título do Aberto da Austrália e dos Masters 1000 de Indian Wells e Miami, o suíço voltou ao topo do tênis e recuperou uma posição no top 5 da ATP.
“Realmente achei que eu estaria no top 10 talvez no meio do ano e esperaria continuar no fim. As expectativas estavam muito baixas pelo fim de temporada que tive ano passado. Então do nada as coisas estão indo muito bem, e só quero manter assim. Quero me manter positivo agora”, afirmou Federer em uma entrevista produzida pela ATP falando sobre sua volta por cima.
Um de seus grandes trunfos vem sendo sua melhora no backhand de uma mão. “Acho que influencia muito, porque vem sendo sólido. Posso contra-atacar o oponente. Meu melhor teste é jogar contra o Rafa (Nadal), contra seu forehand perverso, e poder controlá-lo com meu back é uma das chaves. Usava uma tática diferente, com mais slice. Agora estou vindo mais forte no back, retornando mais, o que me faz entrar no ponto de um jeito mais agressivo e isso parece estar funcionando até agora”, analisou o tenista, que tem seu melhor começo de ano desde 2006, com 19 vitórias e apenas uma derrota, sofrida no ATP 500 de Dubai, para o russo Evgeny Donskoy,
Aos 35 anos, Federer se distanciou ainda mais como o maior vencedor de Grand Slams da história do tênis masculino, com 18 títulos. “Eu ainda gosto de viajar o circuito, do contrário não estaria aqui, jogando pelos fãs, brincando e até mesmo falando com a mídia. Fazer isso com a família ou com o time que está comigo há tanto tempo, representar meu país, existem milhares de razões para eu me motivar”, declarou.
“Acho que aproveito os treinos mais do que nunca, o que me ajuda nas partidas. Acho que dei uma renovada depois da pausa do ano passado e agora tenho mais vontade de fazer outras coisas, porque estava cansado de jogar tantas partidas. O importante para mim é manter a diversão”, disse o suíço, que abdicou de quase todas as competições na temporada de saibro, salvo o Grand Slam de Roland Garros.
Fonte: ESPN