Dedé Santana está inquieto. Confirmadíssimo no elenco do remake de “Os trapalhões”, que estreia na Globo no segundo semestre de 2017, o artista não se intimida com os risos que escapam da boca ao comentar o novo projeto na TV. “É muita felicidade para mim”, repete, emocionado. O retorno à clássica trama de humor — agora sob a pele do tio de Dedé, personagem que será interpretado por Armando Babaioff — coincidiu com outra novidade em sua carreira: pela primeira vez, ele sobe aos palcos numa trama séria, que trata sobre temas como amizade, morte e homossexualidade.
— Sou como todo brasileiro. Não estou rico nem milionário, e trabalho para viver. Mas também não estou numa má fase — pondera ele, empolgado: — O que me motiva é o trabalho. Minha mulher, às vezes, fala assim: “Mas você está trabalhando demais!”. E eu respondo: “Se eu parar, eu fico velho”. Entendeu? Pretendo morrer trabalhando, como toda a minha família fez. A sorte é que tenho 80 anos, mas estou com o corpinho de 79 (risos).
O retorno à ficção de “Os trapalhões” tem sido marcado por bastidores controversos. Antes mesmo de as gravações tomarem início — por enquanto a equipe se reúne apenas para ensaios —, notícias davam conta de que Dedé teria ameaçado judicialmente a Globo caso sua participação não fosse consumada. Ele desmente. Segundo o humorista, o convite surgiu de forma espontânea, sem pressões. E se não houvesse surgido, não haveria nenhum problema:
— Olha, eu nem li essas coisas que falaram sobre mim. Não ficaria chateado se não me chamassem para o novo programa. Já estava todo orgulhoso de fazerem um remake. Considero uma homenagem para a gente! Mesmo fora do elenco, ficaria feliz. Mas dentro do projeto, claro, é melhor ainda — defende o artista, que já ouve a comemoração do público nas ruas: — Não bateu nem o receio de fazer algo pior do que antes, porque o que mais escuto é gente reclamando da falta de um humor rasgado na TV. Gosto muito de Leandro Hassum, Marcelo Adnet, Fábio Porchat e Marcos Veras. Mas não há mais nenhum programa cômico que segure as crianças. “Os trapalhões” grudava velhos, adultos e pequenos à frente da tela.
Fonte: Extra