Neste dia 21 de marco de 2017, ‘Dia Internacional da Síndrome de Down’, jovens nascidos com a síndrome comentam a reportagem a importância do primeiro emprego para suas vidas. “Meu sonho é trabalhar”. A frase, dita com muito entusiasmo pela jovem paraibana Juliana Lira, 35 anos, virou realidade há pouco mais de um mês, quando finalmente foi contratada por uma clínica de exames de imagem de João Pessoa. “Comecei no dia 6 de fevereiro. É o meu primeiro trabalho. Estou achando ótimo e estou muito feliz. Era meu maior sonho”, revela Juliana, que tem Down e exibe, orgulhosa, a Carteira de Trabalho.
O sonho de Juliana é o mesmo de milhares de jovens no Brasil e na Paraíba que têm alguma deficiência e enfrentam mais desafios para ingressar no mercado de trabalho. Sonho compartilhado. Marta Nóbrega, 22 anos, também enfrenta desafios por ter Down.
Como Juliana, foi muito bem acolhida pelas colegas de trabalho no seu primeiro emprego, que começou em julho do ano passado. Marta trabalha em uma doceria da Capital. À medida em que ela molda os docinhos, também vai dando forma ao seu futuro e se aproximando, cada vez mais, dos seus sonhos e objetivos.
“Daqui a um ano quero viajar para os Estados Unidos para passear. Quero continuar trabalhando para juntar dinheiro também para comprar meu apartamento”, planeja Marta, que se especializou em trabalhos manuais e fez curso para confecção de ovos de Páscoa. Mas, nem todas as pessoas com deficiência (PCDs) têm a mesma sorte de Juliana e Marta. Elas ainda são exceção no Brasil. Instituto Primeiro Olhar. A juíza de Direito Israela Pontes conhece bem a realidade de jovens como Juliana e Marta. Faz parte do Instituto Primeiro Olhar, uma Organização Não-governamental que acompanha crianças com Down na primeira infância e também orienta as famílias. Além disso, vivencia esses desafios dentro de casa por ter um fi lho que nasceu com Down. Ela também acompanhou de perto o processo de contratação de Juliana.
Créditos: Redação com Ascom