O vice-presidente da Samsung, Jay Y. Lee, 48 anos, foi preso nesta sexta-feira (17/2) por suposta participação em um escândalo de corrupção que levou ao afastamento da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye. Lee é acusado de corrupção e perjúrio.
A promotoria coreana concentrou suas investigações na relação do grupo Samsung com Park, que foi acusada em dezembro e foi destituída de seus poderes enquanto o Tribunal Constitucional decide se deve ou não sustentar seu impeachment.
Promotores acusaram o herdeiro do maior conglomerado sul-coreano de pagar subornos no valor de 43 bilhões de wons (US$ 37,74 milhões) para organizações ligadas a uma amiga próxima de Park, Choi Soon-sil, para garantir o apoio do governo para a fusão de duas unidades da empresa.
O conglomerado também é acusado de superfaturar o preço de venda da Samsung Biologics para o Estado e de pagar propina para a Comissão de Comércio Justo para alterar a composição acionária de suas divisões.
Lee é o líder da terceira geração do grupo, já que o patriarca do grupo Samsung Lee Kun-hee ficou incapacitado após um ataque cardíaco em 2014. O grupo Samsung – maior fabricante de smartphones do mundo – informou que fará o seu melhor para garantir que a verdade seja revelada em futuros processos judiciais, após a prisão de Lee.
Além da Samsung, cuja atividade representa 20% do PIB sul-coreano, os investigadores encontraram vestígios de pagamento de propina por outras quatro grandes empresas —Hyundai, SK, Lotte e LG.
Créditos: Metrópoles