Faz apenas dois meses desde que a Netflix adicionou seu recurso de download tão aguardado, e a empresa de streaming online já foi processada por causa disso. A demandante é uma empresa que poucos ouviram falar: Blackbird Technologies, uma empresa sem produtos ou ativos que não sejam patentes.
O negócio da Blackbird é comprar os direitos de patente e abrir ações judiciais sobre eles, uma empresa conhecida coloquialmente como “patente troll”.
A Blackbird foi fundada por dois ex-grandes advogados de patentes de grandes empresas, Wendy Verlander e Chris Freeman. A organização possui a patente norte-americana No. 7,174,362, que espera resultar em pagamentos de empresas de vídeo na Internet com recursos de visualização offline.
Na quarta-feira (1º), a Blackbird, que diz aos potenciais clientes sobre “ser capaz de litigar a custos reduzidos e obter resultados”, entrou com ações contra Netflix, Soundcloud, Vimeo, Starz, Mubi e Studio 3 Partners. Todas as empresas têm algum tipo de aplicativo que permite o download de conteúdo e visualizá-lo offline.
O documento usado pela Blackbird foi registrado em 2000 pelo empresário Sungil Lee e descreve um sistema autônomo de locação: a pessoa usaria a internet para escolher o conteúdo a que desejasse assistir, então uma máquina gravaria um CD com o material e o entregaria em casa. Basicamente o serviço prestado pela própria Netflix naquela época.
Embora a ideia seja óbvia, o documento tem garantido uma série de vitórias nos tribunais. Em 2011, Lee vendeu a patente para a Innovative Automation, outra “patent troll”, que processou um monte de gente sob a alegação de que o documento cobria vários “métodos e sistemas de duplicação de dados digitais”, uma tecnicidade que fez com que a empresa se desse bem nos julgamentos.
Créditos: NE10