Thiago Flores, prefeito da cidade de Ariquemes (RO), anunciou na última semana uma ação que surpreendeu os alunos da rede pública da cidade. Flores disse que iria arrancar páginas com referências a casais LGBT de 1100 livros didáticos do MEC. Tal ação chamou a atenção do Ministério Público, que o ameaçou com um processo de improbidade administrativa. De acordo com o prefeito, as páginas incitavam a “ideologia de gênero”.
De acordo com a promotora de Educação e Defesa de Direitos Humanos do Ministério Público, Priscila Matzenbacher, tal feito vai contra as diretrizes do MEC – os livros “alvos” do prefeito são das disciplinas de geografia, história e português. “É uma aberração, algo muito triste. Uma decisão que fragiliza o ensino, incita o ódio e polariza a cidade. Pode significar improbidade administrativa e dano ao patrimônio público, fora o prejuízo moral ao ensino e aos alunos”, afirmou a promotora.
Ainda segundo Priscila, uma investigação será aberta para descobrir o porquê dos livros terem sido retirados das escolas desde o ano passado. “Os livros ficaram trancafiados e as crianças ficaram sem material didático”, revelou.
“Não podemos quantificar quantas crianças foram adotadas nessas condições, mas há muitas na cidade. Fazer o que eles fizeram é dar uma autorização para que essas crianças sofram bullying”, continuou a promotora.
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Fonte: Domínio Pop
Créditos: Felipe Gomes
