Quando a pequena Evlyn Szakacs, de York, Reino Unido, nasceu, os pais já sabiam que ela teria poucos dias de vida, pois ela era portadora de uma rara anormalidade em um cromossomo. Isso fez com que viesse ao mundo com um sério problema no coração. Não era possível fazer nenhum tipo de cirurgia. Não havia nada que pudesse ser feito.
Charlotte e Attila, os pais da criança, ficaram desolados com a morte da menina. Foi quando uma instituição, que cuida de pacientes em estado terminal, ofereceu a eles um berço refrigerado — uma espécie de câmara mortuária. Dessa forma, poderiam manter o corpo do bebê e, por algumas horas, passear com ele e pegar no colo — tudo isso durante dias. E eles aceitaram.
“Sei que essa não é a melhor opção para todo mundo. Mas, para nós, foi muito importante ser capaz de ter aquele tempo em família e apenas cuidar da nossa pequena menina”, disse a mãe ao Daily Mail. “Acredito que ficar com ela fez toda a diferença. Fazer muitas coisas que apenas imaginávamos me ajudou emocionalmente”, confessa.
Durante o tempo em que utilizaram o equipamento, os pais puderam pegá-la no colo por um período de cinco a 10 minutos ou sair para passear no jardim do local, também por pouco tempo. Nos últimos quatro dias, dos 16 que passaram juntos, a instituição deixou que os pais levassem a filha para casa com o berço refrigerado. “Na última noite, ela dormiu na caminha que era para ser dela, no nosso quarto”, disse a mãe.
Após os 16 dias, a menina foi enterrada. “O funeral foi muito difícil porque a realidade vem muito forte. Mesmo sabendo que estamos com muita dor agora, ela está em um lugar melhor”, desabafa Charlotte.
Instituição
Esse tipo de serviço oferecido à Charlotte e a Attila para que eles passassem mais tempo com a filha não é algo incomum no exterior. Várias empresas que cuidam de pacientes terminais ou em estado vegetativo contam com câmaras mortuárias. “Um berço refrigerado permitiu que os pais de Evlyn ficassem um tempo extra com a filha após a morte dela. Alguns dizem que isso ajuda no processo de perda”, disse Clea Harmer, responsável pela instituição que acolheu o corpo da menina.
Fonte: METRÓPOLES