Situação precária nos mercados em João Pessoa


Lixo, falta de higiene e condições precárias de infraestrutura. É esse o cenário encontrado nos mercados públicos municipais de João Pessoa. Os erros não param por aí: alimentos acondicionados de forma irregular, banheiros em condições deploráveis e animais dividindo o mesmo espaço com os feirantes. Os problemas persistem, enquanto feirantes e Prefeitura continuam se acusando mutuamente.

Não há como negar a melhoria promovida pelas reformas iniciadas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). O maior exemplo disso talvez seja o Mercado Central, que tem uma nova aparência e já não é mais um lixo visual, como foi por muitos anos. Porém, na parte interna do mercado, os problemas são os mesmos de 10 ou 15 anos, segundo os comerciantes.

A sujeira pode ser vista por toda parte, mas parece não incomodar a Vigilância Sanitária. Os feirantes de mercados como Rangel, Cruz das Armas, Jaguaribe e Valentina garantem que não há nenhum tipo de fiscalização. Nos mercados visitados pela reportagem, foi possível constatar animais transitando livremente nos mercados, inclusive nos galpões onde há carne e frango expostos para a venda. As moscas também são visitantes assíduas.

O maior mercado público de João Pessoa (Mercado Central) também enfrenta problemas sérios, apesar das reformas já realizadas pelo poder público municipal. Uma rápida passagem pelo local é suficiente para se deparar com um ambiente sujo que reflete as péssimas condições de higiene, mas ao invés de unir as forças para resolver a situação, os feirantes e a Prefeitura preferem continuar com as acusações mútuas.

Recentemente, foi aprovado o projeto da última etapa de recuperação do mercado, falta ainda a licitação. O projeto prevê a instalação de uma estação digital, posto policial e estacionamento para 250 veículos. O mercado será totalmente cercado, com apenas duas entradas, segundo Fabiani. Atualmente, há vários acessos ao local. A previsão de entrega é para dezembro de 2012.

A primeira etapa do Mercado Central, entregue em 2006, vai passar por uma total reformulação. “Vamos requalificar os dois pavilhões de hortifrutigranjeiros”, afirma o secretário. Segundo ele, o conceito entregue há cinco anos já não atende a atual demanda existente no Mercado Central. Alguns boxes serão aumentados. Conforme o secretário, 80% do mercado já foi reformado.

A reformulação do local foi uma reivindicação dos comerciantes dias após a entrega do pavilhão. “Fizemos um levantamento cadastral e teremos de aumentar alguns boxes, o que será bom tanto para o comerciante como para o cliente que compra no mercado”, explica.