Massacre

VEJA VÍDEO - Detentos de Alcaçuz teriam escrito "PCC" nos muros usando sangue de rivais; Polícia confirma 10 mortos

Em Nota à Imprensa, o Governo do Estado reconheceu a gravidade do caso.

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte reconhece pelo menos 10 mortes dentro dos pavilhões de Alcaçuz, em Nísia Floresta, como consequência do confronto entre as facções PCC e Sindicato do RN, que começou no final da tarde deste sábado, 14.

Vídeos de detentos sendo decaptados e esquartejados se espalharam nas redes sociais mas não há confirmação da veracidade das imagens. A Secretaria de segurança confirmou pelo menos 10 mortes na penitenciária.

De acordo com informações do Portal Mossoró Hoje, os presos teriam escrito PCC 1533 nas pareces usando o sangue rivais dos mortos.

O secretário Wallber Virgolino, que cuida do sistema prisional do Rio Grande do Norte, gravou um vídeo pedindo a colaboração da população para não espalhar boatos e afirmando que a situação estaria se normalizando.

“O sistema é bruto, e o jogo é duro”, diz Wallber Virgolino, que comanda pessoalmente as forças de segurança no controle externo e no acesso a Penitenciária de Alcaçuz.

O secretário Estadual de Segurança e Defesa Social, Caio César Bezerra, também gravou um vídeo e disse que a população pode ficar tranquila, que o governo do estado está adotando todas as medidas necessárias para contornar a situação. O secretário afirmou também que não houveram fugitivos.

Fora do presídio, os policiais montaram barricadas nas estradas de acesso e reforçaram as guaritas. Familiares dos detentos passaram a noite em frente à penitenciária em busca de informações.

O presídio de Alcaçuz é o maior do Rio Grande do Norte. Em 2015, quando começou o confronto entre as facções Sindicato do RN e PCC, quatro presos foram assassinados na Cadeia Pública de Caraúbas. Depois aconteceram várias mortes dentro e fora do presídio, além de ataques a ônibus na capital e no interior, atribuído as facções.

Em Nota à Imprensa, o Governo do Estado reconhece a gravidade do caso, diz que o governador Robinson Faria falou com o ministro Alexandre de Morais e recebeu apoio de ponto para reforçar o trabalho de segurança em Alcaçuz com a Força Nacional.

NOTA À IMPRENSA

A respeito da rebelião em curso no presídio de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal-RN, o Governo do Rio Grande do Norte esclarece que:

1. A rebelião teve início por volta das 17h, partiu de uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 e está restrita aos dois pavilhões. Estão sendo levantadas informações acerca do envolvimento de facções criminosas. A polícia está trabalhando no local para a contenção da rebelião.

2. Não há registro de fugas;

3. As informações quanto ao número de mortos e feridos estão em levantamento, com pelo menos 10 mortes confirmadas até o momento;

4. Desde o início da noite, o governador do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, está no Gabinete de Gestão Integrada (GGI), com o secretário de Segurança Pública, Caio César Bezerra; o secretário de Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino; o presidente do Tribunal de Justiça, Expedito Ferrreira; o procurador geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis; o comandante da PM, André Azevedo; e representantes das polícias civil e federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e Força Nacional, no comando das medidas para a contenção e resolução do problema nas próximas horas;

5. O governador Robinson Faria entrou em contato com ministro da Justiça, Alexandre de Morais, para que o Governo Federal acompanhe a situação do Estado, e pediu reforço da Força Nacional no lado externo do presídio, o que foi autorizado prontamente;

6. Não há registro de nenhuma ação externa aos presídios. O problema está restrito a Alcaçuz e a população pode seguir com suas atividades dentro da normalidade.

Assecom/Governo do RN
Créditos: Mossoró Hoje com Polêmica Paraíba