O velório das cinzas da família assassinada em Pioz, na Espanha, começou na manhã desta quinta-feira (12) em um cemitério de João Pessoa. As quatro urnas estão guardadas dentro do mesmo caixão e o velório acontece no Cemitério Parque das Acácias, no bairro do José Américo. Janaína Américo, Marcos Nogueira e os filhos de 1 e 4 anos de idade foram encontrados mortos e esquartejados em um chalé na cidade espanhola, em 18 de setembro.
As urnas com as cinzas da família chegaram em João Pessoa no início da tarde da terça-feira (10), quase quatro meses após os quatro corpos terem sido encontrados, mas só foram liberadas para a família na manhã desta quarta-feira (11).
George Américo, irmão de uma das vítimas, Janaína, disse o velório marca uma página que a família precisa virar. “É o fechamento de um ciclo e abertura de um próximo”, avalia, fazendo menção ao processo dos dois suspeitos de envolvimento com o crime.
Já a irmã de Marcos, marido de Janaína e que também morreu na chacina, Jaqueline Campos Nogueira, avalia que “a ficha só caiu” com a chegada das cinzas no Brasil. “Confesso que está sendo o momento mais difícil. Enquanto estavam lá na Espanha, vivíamos como se fosse um pesadelo”, explica.
O enterro está programado para acontecer às 16h (horário local) no mesmo cemitério. Na noite de quarta-feira (11), a família participou de uma missa na igreja São Gonçalo, no bairro da Torre, em João Pessoa.
O velório e o sepultamento dos restos mortais da família está marcada para ter início na manhã desta quinta-feira (12) no cemitério Parque das Acácias, no bairro do José Américo, em João Pessoa.
Momento de dor
“Esse momento é de muita dor, de muita tristeza pra gente. A gente não esperava que na nossa família sucedesse uma coisa tão terrível. Eles foram inteiros e estão voltando as cinzas”, disse emocionado Walfran, ainda no aeroporto onde pousou o avião que transportou as cinzas. “Uma coisa dessa destruir uma família inteira, não é fácil não”, disse a irmã de Marcos, Ana Nogueira.
Já o irmão de Janaína, George Américo, desabafou que é difícil para a família acompanhar o andamento da investigação na Espanha, especialmente por conta da língua e dos termos locais. Para eles, a dor só vai ser amenizada “quando a justiça na Espanha for feita”.
Questionados sobre como estão lidando com a perda, George diz que a religião tem ajudado muito a manter a esperança. “A vida de todos nós está acabada, mas vamos tentar retomar agora”, disse.
Fonte: G1