A vida da das equipes menores na F1 não é fácil. Com pouco orçamento e um sistema de pagamento de prêmios que não ajuda quem está por baixo, a cada ano uma escuderia deixa a disputa ou é comprada e muda de nome. Foi o que aconteceu com a Marussia, ao fim de 2014, quando entrou em recuperação judicial e se tornou a Manor.
Agora a história se repete e o time é posto novamente no processo de recuperação judicial pelo atual dono, Stephen Fitzpatrick, por não ter achado um comprador e por não ter os investimentos necessários para seguir na F1. Com isso, o time, que era vista como um possível lugar para Felipe Nasr neste ano, vê sua participação na temporada de 2017 seriamente ameaçada.
A Manor foi criada em 2015, justamente após sua predecessora, a Marussia, passar pelo mesmo processo de administração judicial. Novamente, o grupo que opera a equipe (Just Racing Services Ltd) terá a ajuda da FRP Advisory para uma reestruturação financeira, além de tentar achar compradores que estejam interessados em manter o time na F1.
Apesar de nenhum funcionário ter sido demitido ainda (todos já estão cientes da situação, informada na fábrica da escuderia nesta sexta), terem sido pagos em dezembro e existir um carro em montagem para 2017, acredita-se que o tempo para encontrar investidores é muito curto, colocando em risco a participação do time na próxima temporada.
– O time progrediu muito desde o início de 2015, mas operar um time de F1 ainda demanda muito investimento. A gerência sênior tem trabalhado de maneira incansável para trazer novos investidores, mas falho em fazê-lo com o tempo disponível. Assim, não restaram alternativas senão colocar a Manor Racing em administração judicial – disse, Geoff Rowley, administrador da FRP Advisory.
Vale ressaltar que apesar de Felipe Nasr, sério candidato a uma vaga no time, ter “tirado” 40 milhões de euros , (cerca de R$ 135 mi) do time, com seu 9º lugar no GP do Brasil e dois pontos conquistados para a Sauber – que passou a Manor na tabela de construtores – esse não foi fator decisivo para a situação financeira complicada, como afirmou Fitzpatrick, na época.
– Não foi decisivo. Óbvio que não ajuda financeiramente. Mas quando se está em 10º, com apenas um ponto marcado e duas corridas para o fim da temporada, sabemos que diversas coisas podem acontecer. E a gente antecipa estes cenários. Então, do meu ponto de vista, é desapontador, mas não inesperado. Não foi uma surpresa – falou sobre a perda do dinheiro para a Sauber.
Fonte: Globo Esporte