Presidente falou em rede nacional neste sábado, prometendo que a crise brasileira será derrotada em 2017 e que, no ano que vem, Natal será melhor
Fernando Frazão/Agência BrasilNas ruas, o movimento #ForaTemer ganhou força durante o segundo semestre deste ano. Temer diz não se preocupar com impopularidade
Durante o pronunciamento feito neste sábado (24), véspera de Natal, pelo presidente da República Michel Temer (PMDB), as famosas panelas que tanto bateram durante os pronunciamentos da então presidente Dilma Rousseff (PT), nos últimos anos, foram substituídas por buzinas e outros materiais que fazem barulho, mesmo que tímidos.
No Twitter, a hashtag #RalaTemer, contra Michel Temer, figurou entre os Trending Topics (TTs). “Não fazemos panelaço, fazemos ralaço. #RalaTemer”, publicou um dos internautas.
Também nas redes sociais, o presidente foi criticado por ter feito o seu segundo pronunciamento oficial em rede nacional na noite de Natal. “Malandro é o Temer que faz pronunciamento bem na hora em que as panelas estão cheias de arroz com uva-passa”, afirmou outro internauta.
Em seu pronunciamento, o peemedebista pregou a “democracia da eficiência” e afirmou que, em 2017, o Natal será bem melhor que o de 2016 para os brasileiros.
Ele disse ainda que a crise será derrotada no próximo ano e que os empregos perdidos serão recuperados. Em seu discurso, Temer ressaltou que, em poucos meses, já “fez muito”, citando a PEC do Teto, a reforma da Previdência e a reforma do Ensino Médio.
Baixa popularidade
Na última quinta-feira (22), após anunciar propostas para alterar a legislação trabalhista, o presidente Michel Temer afirmou que sua baixa popularidade não o incomoda e que os altos índices de rejeição têm permitido que ele possa adotar medidas consideradas por ele como fundamentais para o País.
“Dizem que há impopularidade. Isso me incomoda? Digamos assim, que é desagradável. Mas não me incomoda para governar. Alguém até disse, há poucos dias, que a popularidade é uma jaula. Aproveito a impopularidade para fazer aquilo que o Brasil precisa. E é o que estou fazendo. Lá na frente haverá reconhecimento”, disse o presidente.
Durante café da manhã com jornalistas, houve questionamentos sobre a ação movida pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, reeleita em 2014. Ele respondeu que respeitará o entendimento da Justiça e negou que pense em renunciar ao cargo.
A respeito da possibilidade de saída do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que teve o nome citado em delações de executivos da Odebrecht, Temer afirmou que não vai demiti-lo. “Não tirarei o Padilha. Ele continua firme e forte. Não haverá mudança nenhuma. Não sei o que vai acontecer lá na frente, mas não há intenção de fazer mudanças”. Ele defendeu a Operação Lava Jato e disse que a operação produz efeitos “extraordinários”.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-12-24/rala-temer-panelaco.html