Após decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, de afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros, do cargo que ocupa, o Poder Legislativo assumiu uma postura de defesa do alagoano e resolveu não obedecer a ordem do STF.
Os acontecimentos nacionais têm reflexo em todo o país e os cientistas políticos Jaldes Menezes e Swamy Soares, além do advogado Nelson Torres e do ex-deputado Gilvan Freire debateram o assunto na noite desta terça-feira, 06, no programa Master News, da TV Master.
Questionados sobre a postura do Ministro Marco Aurélio e a briga dele com o, também ministro, Gilmar Mendes, eles chegaram a conclusão que a medida repetiu o que foi feito em relação ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que foi afastado inicialmente e posteriormente cassado pelos parlamentares.
Para Jaldes Menezes, Renan não chegará a ser preso porque tem foro privilegiado e, segundo ele, isso contrará muito numa decisão. Ele destacou ainda que o Senado tomou uma postura corporativista e os senadores tomaram as dores de Renan Calheiros no enfrentamento a medida liminar do STF.
Gilvan Freire seguiu com o tema e destacou que a Casa legislativa prefere a decisão do colegiado que acontecerá nesta quarta-feira, 07. Ele explicou ainda que Renan Calheiros não chegou a ser oficialmente notificado sobre a liminar do STF, ele preferiu não receber o comunicado oficial.
Sobre o governo do presidente Michel Temer e a possibilidade da gestão não seguir até 2018, o advogado Nelsom Torres disse que a Proposta de Emenda a Constituição com mudanças drásticas no sistema previdenciário são antipopulares e podem gerar mais manifestações, que já tem causado grande preocupação ao governo peemedebista, ele disse que a medida chegou agora ao Congresso e terá que ser debatida entre os parlamentares. Torres pontuou que a população precisa ser ouvida sobre a PEC porque são os trabalhadores que terão que trabalhar bem mais antes de conquistar o direito a aposentadoria.
Ainda sobre Temer, Swamy Soares acredita que o presidente não tem musculatura para seguir até o final, ele disse que a grande discussão será até quando ele vai e como será feita a escolha do novo presidente. “A única dúvida é se haverá eleição indireta, feita pelos parlamentares, ou se haverá antecipação da votação de 2018”, finalizou.
Créditos: Ívyna Souto – Polêmica Paraíba